São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Alemanha recebe a Copa do Mundo dos robôs

Campeonato mundial de futebol com máquinas deverá ser dominado por alemães e asiáticos

DA REPORTAGEM LOCAL

De carona na febre de futebol que toma conta do planeta durante a Copa, programadores e engenheiros de várias partes do mundo também representam suas nações e colocam o que têm de melhor em campo -mesmo sem pôr os seus pés em um gramado.
Trata-se da décima edição da RoboCup (www.robocup2006.org), a Copa do Mundo de futebol com robôs, que começa hoje, na cidade de Bremen, na Alemanha, e vai até o próximo dia 18.
Ao contrário do Mundial da Fifa, a competição das máquinas acontece anualmente e tem os participantes brasileiros como meros coadjuvantes.
Os times de metal com banca de favoritos vêm da Alemanha, dos EUA, do Irã e do Japão. Os representantes vindos da Suécia, da Austrália, do Canadá, de Cingapura e da Holanda também são considerados competidores fortes.
Os jogos de futebol robótico são divididos em categorias que levam em conta o formato e o tamanho das máquinas.
A categoria mais simples é a que tem times formados por versões especiais do Aibo, o cão-robô da Sony, que chegou a ser lançado comercialmente em alguns mercados.
O certame mais sofisticado e caro traz robôs humanóides projetados especialmente para a competição. Eles devem ter tronco, cabeça e quatro membros para participar dos jogos. Apesar de apresentar mais semelhanças com os jogadores reais, esse tipo de robô ainda é muito lento. Por isso, seus jogos não trazem times numerosos. Eles disputam séries de pênaltis ou jogos em duplas.
Outra atração da RoboCup é a Small League (pequena liga, em inglês). Com equipes formadas por cinco máquinas com o tamanho aproximado de um mouse (22 cm), os times disputam partidas em campos reduzidos, mas com muito mais velocidade que os robôs grandalhões.
Há, por fim, as categorias de jogo simulado, nas quais as máquinas dão lugar a códigos de programação representados na tela por personagens virtuais.
Todas as modalidades da RoboCup, porém, trazem uma mesma particularidade: os jogadores não recebem ordens diretas de seus treinadores durante os jogos. Eles são programados para reagir a situações de jogo de forma autônoma.

O homem quer jogo
Na cidade de Dortmund, também na Alemanha, ocorrerá a Copa da Fira (Federação Internacional de Futebol de Robôs), na última semana de junho. Os competidores da RoboCup deverão participar do evento. (JULIANO BARRETO)


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