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Alemanha recebe a Copa do Mundo dos robôs
Campeonato mundial de futebol com máquinas deverá ser dominado por alemães e asiáticos
DA REPORTAGEM LOCAL
De carona na febre de futebol
que toma conta do planeta durante a Copa, programadores e
engenheiros de várias partes do
mundo também representam
suas nações e colocam o que
têm de melhor em campo
-mesmo sem pôr os seus pés
em um gramado.
Trata-se da décima edição da
RoboCup (www.robocup2006.org), a Copa do Mundo
de futebol com robôs, que começa hoje, na cidade de Bremen, na Alemanha, e vai até o
próximo dia 18.
Ao contrário do Mundial da
Fifa, a competição das máquinas acontece anualmente e
tem os participantes brasileiros como meros coadjuvantes.
Os times de metal com banca
de favoritos vêm da Alemanha,
dos EUA, do Irã e do Japão. Os
representantes vindos da Suécia, da Austrália, do Canadá, de
Cingapura e da Holanda também são considerados competidores fortes.
Os jogos de futebol robótico
são divididos em categorias
que levam em conta o formato
e o tamanho das máquinas.
A categoria mais simples é a
que tem times formados por
versões especiais do Aibo, o
cão-robô da Sony, que chegou a
ser lançado comercialmente
em alguns mercados.
O certame mais sofisticado e
caro traz robôs humanóides
projetados especialmente para
a competição. Eles devem ter
tronco, cabeça e quatro membros para participar dos jogos.
Apesar de apresentar mais semelhanças com os jogadores
reais, esse tipo de robô ainda é
muito lento. Por isso, seus jogos não trazem times numerosos. Eles disputam séries de pênaltis ou jogos em duplas.
Outra atração da RoboCup é
a Small League (pequena liga,
em inglês). Com equipes formadas por cinco máquinas
com o tamanho aproximado de
um mouse (22 cm), os times
disputam partidas em campos
reduzidos, mas com muito
mais velocidade que os robôs
grandalhões.
Há, por fim, as categorias de
jogo simulado, nas quais as máquinas dão lugar a códigos de
programação representados na
tela por personagens virtuais.
Todas as modalidades da
RoboCup, porém, trazem uma
mesma particularidade: os jogadores não recebem ordens
diretas de seus treinadores durante os jogos. Eles são programados para reagir a situações
de jogo de forma autônoma.
O homem quer jogo
Na cidade de Dortmund,
também na Alemanha, ocorrerá a Copa da Fira (Federação
Internacional de Futebol de
Robôs), na última semana de
junho. Os competidores da
RoboCup deverão participar do
evento.
(JULIANO BARRETO)
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