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Criador vende casa para fazer Erinia
ESPECIAL PARA A FOLHA
Para conseguir lançar Erinia, o
primeiro MMORPG brasileiro,
Cesar Augusto Barbado, 33, diretor-presidente da Ignis Games,
deixou seu emprego em um banco, vendeu o apartamento e mudou de cidade. Nesta entrevista,
ele fala sobre o mundo dos games
nacionais.
Folha - Erinia já está dando dinheiro?
Cesar Augusto Barbado - Temos
quase 25 mil clientes cadastrados,
o que pode ser considerado surpreendente para o mercado brasileiro. Mesmo assim, a cultura da
pirataria que assola o mercado de
jogos no Brasil faz com que a
maioria dos jogadores opte por
não pagar pelo serviço após o período de demonstração gratuito.
Desde o início do projeto, sabendo deste problema, focamos o
produto no mercado internacional e procuramos não depender
do mercado interno. Mas nossas
metas comerciais para o Brasil
têm sido atingidas.
Folha - Quando Erinia será lançado no exterior?
Barbado - O jogo está traduzido
para o inglês, o francês e o alemão.
Os servidores de teste já estão
configurados na Europa e o lançamento oficial será em novembro.
Folha - Há outros MMOGs chegando ao mercado brasileiro. Como lidar com a concorrência?
Barbado - Na verdade, o mercado brasileiro está em fase tão inicial que há espaço para todos.
Folha - Como você vê o atual cenário do desenvolvimento de jogos
no Brasil?
Barbado - Estamos subindo um
degrau por vez. A qualidade dos
jogos criados por empresas brasileiras e publicados no exterior
vem aumentando a cada novo título e, aos poucos, estamos começando a despertar o interesse dos
editores estrangeiros. Estão surgindo também várias empresas
de desenvolvimento no país, e algumas delas vão se destacar.
Folha - Alguma dica ou recomendação para quem pensa em seguir
a carreira de criador de games?
Barbado - É uma profissão difícil, que requer muito estudo, dedicação e amor ao trabalho, mas
também é muito gratificante.
Muitas vezes, a diferença entre o
sucesso e o fracasso é somente
uma questão de perseverança.
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