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Internet facilita
vida de produtor
independente
ESPECIAL PARA A FOLHA
Em plena década de 80, o
designer de games Renato
Degiovani, 48, criou Amazônia, considerado o primeiro
jogo comercial do Brasil.
Leia como foi a aventura.
Folha - De onde surgiu a
idéia de criar o Amazônia?
Renato Degiovani - Em
1980, eu havia acabado de
me formar em desenho industrial e comunicação visual, pela PUC do Rio. Planejava fazer jogos de tabuleiro desde os anos 70, mas
descobri os computadores
pessoais, e a transposição
para eles me pareceu óbvia.
Criei o Aventuras na Selva,
para Sinclair ZX81, que mais
tarde se tornou o Amazônia.
Planejei-o como um produto publicado a partir de
um livreto e de uma fita K7,
para venda em bancas de
jornal. Apresentei o jogo à
editora de uma revista de informática, a "Micro Sistemas", que comprou seus direitos.
Folha - Por que a opção de
permanecer como um criador
de jogos independente?
Degiovani - O modelo tradicional, com produção de
alto custo e investimento de
risco, deixou de ser atraente
nos anos 90, devido aos planos econômicos, à pirataria
e, principalmente, à internet,
que extinguiu a necessidade
do distribuidor e abriu espaço para os independentes.
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