São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2004

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Mercado ainda é para homens

MATT SLAGLE
DA ASSOCIATED PRESS

Diferentemente de outros mercados bilionários, os games parecem direcionados a um público muito restrito. Basicamente, adolescentes do sexo masculino, fãs de dragões, naves espaciais e mulheres de corpos esculturais.
A razão disso talvez esteja no fato de que, entre os profissionais que produzem games, menos de 10% são mulheres. Afinal, a tendência é que homens realizem projetos para homens.
"Acredito na mudança desse comportamento para atrair mais mulheres para a produção", afirma Peter Raad, diretor da faculdade de desenvolvimento de games da universidade Guildhall, onde há apenas uma mulher entre os 99 estudantes.
Uma conferência, realizada na semana passada em Austin, no Texas, defende um melhor equilíbrio no perfil dos desenvolvedores e, conseqüentemente, no público consumidor: a Women's Game Conference (www.womensgameconference.com).
Ismini Roby, co-fundadora do evento, diz que há uma crença de que mulheres só gostam de quebra-cabeças e jogos de cartas: "Nós não gostamos só da cor rosa. Nós não gostamos só de um tipo de jogo", afirma.
"Metade da nossa população deve ter uma opinião sobre o que incluir nos games, mas isso passa desapercebido, pois não há muitas mulheres na indústria", diz Laura Fryer, diretora do grupo de tecnologia avançada da Microsoft, que inclui o console Xbox.
Games como The Sims e Mysty foram citados como exemplos de títulos que agradam a ambos os sexos e que, por isso, estão entre os mais vendidos.


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