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Mercado ainda é para homens
MATT SLAGLE
DA ASSOCIATED PRESS
Diferentemente de outros mercados bilionários, os games parecem direcionados a um público
muito restrito. Basicamente, adolescentes do sexo masculino, fãs
de dragões, naves espaciais e mulheres de corpos esculturais.
A razão disso talvez esteja no fato de que, entre os profissionais
que produzem games, menos de
10% são mulheres. Afinal, a tendência é que homens realizem
projetos para homens.
"Acredito na mudança desse
comportamento para atrair mais
mulheres para a produção", afirma Peter Raad, diretor da faculdade de desenvolvimento de games da universidade Guildhall,
onde há apenas uma mulher entre
os 99 estudantes.
Uma conferência, realizada na
semana passada em Austin, no
Texas, defende um melhor equilíbrio no perfil dos desenvolvedores e, conseqüentemente, no público consumidor: a Women's
Game Conference (www.womensgameconference.com).
Ismini Roby, co-fundadora do
evento, diz que há uma crença de
que mulheres só gostam de quebra-cabeças e jogos de cartas:
"Nós não gostamos só da cor rosa. Nós não gostamos só de um tipo de jogo", afirma.
"Metade da nossa população
deve ter uma opinião sobre o que
incluir nos games, mas isso passa
desapercebido, pois não há muitas mulheres na indústria", diz
Laura Fryer, diretora do grupo de
tecnologia avançada da Microsoft, que inclui o console Xbox.
Games como The Sims e Mysty
foram citados como exemplos de
títulos que agradam a ambos os
sexos e que, por isso, estão entre
os mais vendidos.
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