São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2006

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Games violentos dividem opiniões dos especialistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Matar velhinhas no videogame é uma forma de liberar o estresse ou uma tarefa que mostra que o desrespeito às regras vale pontos? A resposta para essa pergunta gera polêmica entre pais, filhos e a indústria dos games. Desde os clássicos Mortal Kombat e Doom até os recentes GTA: San Andreas e Counter Strike, psicólogos e educadores defendem idéias diferentes sobre a influência dos videogames violentos no comportamento dos jogadores.
A professora da Universidade Estadual da Bahia, Lynn Alves, lançou um livro sobre o tema, "Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência" (Ed. Futura), e chama a atenção para os dois lados da questão. Segundo a doutora em educação e comunicação, os jogos podem ser usados de forma didática e lúdica no aprendizado, e a violência de alguns jogadores refletiria uma vontade de se expressar que não está necessariamente relacionada aos games.
Alves diz, em artigo disponível no site www.lynn.pro.br, que certas pessoas "compreendem os jogos como possibilidades de fazer amigos, de ser aceito, de estar dentro de um grupo, de pertencer a uma tribo e de criar vínculos". Um relatório da Associação Americana de Psicologia (www.apa.org), porém, traz uma leitura menos otimista da influência dos games violentos. Segundo o psicólogo norte-americano Craig Anderson, "jogos violentos oferecem uma oficina de aprendizado que treina o uso de soluções agressivas para a solução de situações de conflito".
A APA acusa, além dos games, a TV e a mídia em geral por tornar os jovens menos suscetíveis à importância de acidentes e da violência.

Na dúvida
Os pais podem consultar as indicações do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, que publicou uma lista com a faixa etária indicada para cerca de 2.000 games, no site www.mj.gov.br/classificacao. (JB)


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