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Games violentos dividem opiniões dos especialistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Matar velhinhas no videogame é uma forma de liberar o estresse ou uma tarefa que mostra que o desrespeito às regras
vale pontos? A resposta para
essa pergunta gera polêmica
entre pais, filhos e a indústria
dos games. Desde os clássicos
Mortal Kombat e Doom até os
recentes GTA: San Andreas e
Counter Strike, psicólogos e
educadores defendem idéias
diferentes sobre a influência
dos videogames violentos no
comportamento dos jogadores.
A professora da Universidade Estadual da Bahia, Lynn Alves, lançou um livro sobre o tema, "Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência" (Ed. Futura),
e chama a atenção para os dois
lados da questão. Segundo a
doutora em educação e comunicação, os jogos podem ser
usados de forma didática e lúdica no aprendizado, e a violência
de alguns jogadores refletiria
uma vontade de se expressar
que não está necessariamente
relacionada aos games.
Alves diz, em artigo disponível no site www.lynn.pro.br,
que certas pessoas "compreendem os jogos como possibilidades de fazer amigos, de ser aceito, de estar dentro de um grupo, de pertencer a uma tribo e
de criar vínculos". Um relatório da Associação Americana
de Psicologia (www.apa.org),
porém, traz uma leitura menos
otimista da influência dos games violentos. Segundo o psicólogo norte-americano Craig
Anderson, "jogos violentos oferecem uma oficina de aprendizado que treina o uso de soluções agressivas para a solução
de situações de conflito".
A APA acusa, além dos games, a TV e a mídia em geral
por tornar os jovens menos
suscetíveis à importância de
acidentes e da violência.
Na dúvida
Os pais podem consultar as
indicações do Departamento
de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, que publicou
uma lista com a faixa etária indicada para cerca de 2.000 games, no site www.mj.gov.br/classificacao.
(JB)
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