São Paulo, quarta-feira, 16 de agosto de 2006

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Etiquetas de radiofreqüência usadas como RG digital podem ser clonadas

DO ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS

Nem as etiquetas de identificação por radiofreqüência (RFID) escaparam da inventividade dos hackers da Defcon. As pequenas peças, que podem ser usadas para rastrear produtos, pessoas e veículos, também são vulneráveis a códigos maliciosos e à falsificação.
No primeiro caso, o ataque não tem como alvo a própria etiqueta RFID. A meta é confundir os leitores e transmissores que lidam com as informações de cada produto. A pesquisadora Melaine Rieback (www.rfidvirus.org), da Vrije Universiteit, da Holanda, demonstrou como enganar os receptores com um aparelho criado nos laboratórios de sua universidade.
Emitindo sinais falsos, o transmissor RFID é capaz de criar "falsos positivos", adicionando informações inexistentes ao controlador de produtos, e "falsos negativos", apagando dados. Rieback e sua equipe desenvolvem um mecanismo de defesa, o RFID Guardian.

Clone
Além das intervenções no controle de produtos etiquetados com a tecnologia RFID, o problema da privacidade também foi discutido.
O especialista Lukas Grunwald, que trabalha para a empresa de consultoria de segurança alemã DN-Systems, mostrou que é possível clonar identidades digitais que usam as etiquetas com radiofreqüência.
Graças a brechas de segurança e ao soft RFDump, Grunwald conseguiu usar um chip sem dados para criar uma cópia perfeita de um documento de identificação RFID semelhante aos e-passports, que o governo dos EUA e de alguns países da Europa planejam distribuir como reforço para a segurança de aeroportos e de fronteiras. (JB)


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