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BANDA LARGA MESMO
Falta de clareza na contratação confunde assinante; prestadoras apontam falta de comunicação
Regras sem clareza prejudicam internauta
DA REPORTAGEM LOCAL
Franquia, latência, rescisão,
reembolso, velocidade nominal.
Termos que parecem ter saído de
um contrato de locação de imóvel
povoam os diálogos de quem tem
problemas com a prestadora de
acesso em banda larga. Para dificultar ainda mais, boa parte dos
atendentes contratados pelas empresas não são capazes de explicar
os detalhes de cada serviço.
O resultado: muitos usuários
não entendem as razões pelas
quais precisam pagar taxas adicionais e nem por que suas conexões não alcançam os limites
anunciados nas propagandas.
Para o representante e fundador
da Associação Brasileira dos
Usuários de Acesso Rápido
(www.abusar.org), Horácio Belforts, as prestadoras da serviço
oferecem contratos sem transparência e culpam os usuários por
tudo. "Você nunca tem como
provar que a conexão está lenta.
Sempre o problema é do seu cabo,
do modem, do computador. O
problema é sempre seu", diz.
Para ser associado do Abusar, é
preciso pagar uma inscrição de
R$ 80 e mensalidades de R$ 10. O
conteúdo do portal, entretanto, é
aberto aos visitantes.
As três principais empresas que
oferecem banda larga em São
Paulo negam as acusações feitas
pelo Abusar e disseram planejar
novas formas de melhorar suas
relações com os usuários.
A medida ideal para evitar problemas é ler as versões integrais
dos contratos, disponíveis em formato PDF nos sites das empresas.
No caso de planos vendidos em
promoções, esse contrato deve ser
impresso para servir como referência no futuro.
A recomendação da Fundação
Procon de São Paulo (www.procon.sp.gov.br/faqinternet.shtml) é a de conferir com atenção os detalhes de cada plano oferecido e considerar um plano de
conexão discada conforme a necessidade de serviços na internet.
Se depois de entrar em contato
com a prestadora de serviço, o
usuário não se sentir satisfeito, é
possível recorrer à Agência Nacional de Telecomunicações (no
tel. 0800 33 2001, ou pelo site
www.anatel.gov.br).
No link Comunicação Multimídia, da página do órgão, existe
uma lista com os direitos e deveres dos consumidores de serviços
de banda larga.
Abaixo do esperado
A frustração com a lentidão na
conexão está entre as maiores reclamações dos assinantes de serviços de banda larga.
Por contrato, Speedy e Vírtua
garantem apenas 10% do total
prometido, enquanto que o Ajato
diz manter 90% da velocidade nominal vendida. Isso ocorre porque o provedor de acesso não é o
único responsável pela rapidez
dos downloads. Por mais veloz
que seja sua conexão, carregar o
site da Receita Federal no último
dia para a Declaração de Imposto
continuará a ser demorado.
Mesmo assim, são comuns os
problemas com o modem e com
as configurações do PC. Quem
acha que sua conexão está menos
rápida do que deveria pode fazer
alguns testes com softs como o
DU Meter (grátis por 30 dias, em www.dumeter.com).
Também existem sites com medidores de velocidade como o Beltrónica (www.abeltronica.com/velocimetro/pt/?idioma=br) e o
Sisgel (super.sisgel.com/speed/speed.asp). Se a lentidão for confirmada, é preciso entrar em contato com a operadora e checar a
origem do problema.
Nas conexões ADSL, é comum
ocorrer um defeito na sincronização do modem com a rede, que
pode ser corrigido sem custos por
um técnico.
(JB)
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