|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Operadoras negam limitação
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase todas as reclamações dos
usuários poderiam ser resolvidas
com uma ligação. Depois disso,
bastaria chamar um técnico ou
mudar para um plano mais adequado e tudo seria resolvido.
É o que dizem as três principais
empresas que oferecem acesso rápido no Estado de São Paulo.
Para elas, faltam informação e
boas explicações sobre as condições e limitações de cada tipo de
serviço.
O vice-presidente de negócios
residenciais da Telefônica, Odimar Filho, afirma que a empresa
não tem registro de nenhum caso
de pessoa que tenha pedido o plano de conexão de 8 Mbps e não o
tenha recebido. "Trata-se de um
produto que não é tão amplamente disponível quanto os outros, mas a maioria das pessoas
que o pediu foi atendida", diz o
dirigente da Telefônica.
"A limitação de cobertura é da
natureza do ADSL. Mesmo assim,
nossa área de cobertura alcança
mais de 95% dos clientes", explica
o executivo, que também afirmou
que os problemas para alcançar a
velocidade máxima de cada plano
não estão relacionados com falhas
provacadas pela empresa.
Segundo ele, na maioria dos casos, o modem perde a sincronia
com a rede de banda larga ou então há algum problema com as
configurações do PC do cliente.
Odimar Filho revelou à Folha
que um serviço de suporte técnico
em domícilio, com o nome provisório de Doutor Speedy, deverá
ser lançado ainda neste semestre.
A idéia do projeto é que um especialista autorizado pela Telefônica
resolva não apenas os problemas
de conexão mas também qualquer outra falha do PC.
O diretor de produtos da Net,
Márcio Carvalho, rebateu as críticas feitas pelos usuários em relação à área de cobertura dos planos
super-rápidos da empresa. "Para
alcançar a velocidade de 8 Mbps,
precisamos da rede bidirecional,
que é diferente da estrutura usada
inicialmente para a transmissão
de TV", conta. "Uma parte da
nossa rede de televisão já atende a
essas condições e cobre mais da
metade da cidade de São Paulo",
diz Carvalho.
A explicação da Net e da Telefônica para a variação nas velocidades de conexão foi a mesma dada
pelo diretor de estratégia e tecnologia do Ajato, Virgílio Amaral.
Os sites que não são controlados
pela rede da operadora nem sempre podem seguir o padrão máximo alcançado pelo plano de banda. Dessa forma, as empresas dizem não ser responsáveis por
downloads de arquivos ou pelo
carregamento de sites mantidos
por terceiros. Como saída para esse problema, as operadoras afirmam ter feito parcerias com portais de conteúdo para acelerar o
carregamento das páginas.
Os representantes das três empresas afirmaram desconhecer a
prática do Traffic Shaping e negaram qualquer limitação aos softs
de troca.
(JB)
Texto Anterior: Banda larga mesmo: Regras sem clareza prejudicam internauta Próximo Texto: Associação acusa empresas de censura Índice
|