São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

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OUTRO LADO

Operadoras negam limitação

DA REPORTAGEM LOCAL

Quase todas as reclamações dos usuários poderiam ser resolvidas com uma ligação. Depois disso, bastaria chamar um técnico ou mudar para um plano mais adequado e tudo seria resolvido.
É o que dizem as três principais empresas que oferecem acesso rápido no Estado de São Paulo.
Para elas, faltam informação e boas explicações sobre as condições e limitações de cada tipo de serviço.
O vice-presidente de negócios residenciais da Telefônica, Odimar Filho, afirma que a empresa não tem registro de nenhum caso de pessoa que tenha pedido o plano de conexão de 8 Mbps e não o tenha recebido. "Trata-se de um produto que não é tão amplamente disponível quanto os outros, mas a maioria das pessoas que o pediu foi atendida", diz o dirigente da Telefônica.
"A limitação de cobertura é da natureza do ADSL. Mesmo assim, nossa área de cobertura alcança mais de 95% dos clientes", explica o executivo, que também afirmou que os problemas para alcançar a velocidade máxima de cada plano não estão relacionados com falhas provacadas pela empresa.
Segundo ele, na maioria dos casos, o modem perde a sincronia com a rede de banda larga ou então há algum problema com as configurações do PC do cliente.
Odimar Filho revelou à Folha que um serviço de suporte técnico em domícilio, com o nome provisório de Doutor Speedy, deverá ser lançado ainda neste semestre. A idéia do projeto é que um especialista autorizado pela Telefônica resolva não apenas os problemas de conexão mas também qualquer outra falha do PC.
O diretor de produtos da Net, Márcio Carvalho, rebateu as críticas feitas pelos usuários em relação à área de cobertura dos planos super-rápidos da empresa. "Para alcançar a velocidade de 8 Mbps, precisamos da rede bidirecional, que é diferente da estrutura usada inicialmente para a transmissão de TV", conta. "Uma parte da nossa rede de televisão já atende a essas condições e cobre mais da metade da cidade de São Paulo", diz Carvalho.
A explicação da Net e da Telefônica para a variação nas velocidades de conexão foi a mesma dada pelo diretor de estratégia e tecnologia do Ajato, Virgílio Amaral. Os sites que não são controlados pela rede da operadora nem sempre podem seguir o padrão máximo alcançado pelo plano de banda. Dessa forma, as empresas dizem não ser responsáveis por downloads de arquivos ou pelo carregamento de sites mantidos por terceiros. Como saída para esse problema, as operadoras afirmam ter feito parcerias com portais de conteúdo para acelerar o carregamento das páginas.
Os representantes das três empresas afirmaram desconhecer a prática do Traffic Shaping e negaram qualquer limitação aos softs de troca. (JB)


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