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internet
Redes sociais apontam futuro on-line
WEB 2.0 Internauta cria conteúdo e recebe atenção de empresas, que buscam oferecer informações contextualizadas
Divulgação
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Nem toda informação pode ser encontrada no Google, principalmente se diz respeito ao valor do Orkut, criado por Orkut Büyükkokten; a assessoria da empresa não dá números
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No começo era o portal. A experiência do internauta na rede
se resumia à segurança dos
grandes sites e de suas ofertas.
Mas em 1999 tudo mudou. Serviços como o LiveJournal e o
Blogger inauguraram a cultura
dos blogs, e a web 2.0 nasceu,
mudando a sociedade e definindo o futuro da internet.
"Você já tentou escrever editando uma página em HTML?
É terrível", diz Marcelo Coutinho, diretor do Ibope Inteligência. "Antes da web 2.0, o
conteúdo era o rei, e quem tivesse mais sob seu chapéu
triunfaria. Hoje, cada internauta é um produtor de conteúdo e
gerador de valor."
A web 2.0 caiu nas graças dos
usuários e do mercado. É definida pela transição do internauta de mero espectador e
consumidor para criador, recriador de informação. A notícia apresentada pela mídia é retrabalhada e comentada nos
blogs. O videoclipe é remixado
e enviado para o YouTube, e fotos do mundo inteiro ganham
sentido ao serem classificadas e
qualificadas pelos internautas
em álbuns como o Flickr.
Impacto das redes sociais
O Orkut é o site mais acessado no Brasil e semelhantes como MySpace, Facebook, Mixi,
Friendster e Bebo fazem sucesso no resto do mundo.
Especialistas não se arriscam
a prever o futuro da internet,
mas concordam que as redes
sociais estarão nele, com um
papel até maior que o atual.
"Quem imaginaria há cinco
anos que o Orkut faria tanto sucesso?", ilustra Coutinho.
O analista do Ibope afirma
que o esvaziamento do espaço
social nas grandes cidades, por
questões como o custo do lazer
e a violência, aproxima o cidadão do contato pela rede social.
"As empresas já descobriram
o potencial desse mercado, mas
ainda pensam em controlá-lo,
como fazem em outros meios.
Quando uma empresa de mídia
permitiria que seus leitores
dessem notas para uma matéria?", questiona.
A importância das redes sociais para a internet atual é tão
grande que especialistas chegam a considerá-las concorrentes dos mecanismos de busca
por oferecerem informações
contextualizadas. Em vez de
um site sugerir a compra de um
certo automóvel, a dica vem do
amigo ou conhecido numa comunidade especializada do Facebook, por exemplo.
"Quando você combina redes
sociais e serviços alimentados
pelo internauta com resultados
gerados por algoritmos e pela
mídia, o resultado é maravilhoso", explica Steve Rubel, SVP e
diretor de Insights da Edelman
Digital nos EUA.
Um exemplo é o Maha
lo.com. O mecanismo de busca
combina respostas de buscadores tradicionais com páginas
especiais criadas por usuários.
As redes sociais também alteram o uso da internet. Cada
vez mais usuários adotam os
serviços como suas formas
principais de comunicação,
substituindo o e-mail e o mensageiro instantâneo.
Web 3.0
Rubel considera que o internauta já encara uma crise de
atenção, que será uma questão
essencial para o futuro da rede.
"A quantidade de informação
em busca do usuário ultrapassa
a nossa capacidade de gerenciá-la. As pessoas terão que fazer
escolhas sobre o que deixarão
que entre em suas vidas. E a
tecnologia vai ter que ajudar."
Um dos auxílios previstos é o
da web semântica, ou web 3.0.
Nela, o conteúdo será contextualizado. Agentes tecnológicos em software se encarregarão de entregar informação ao
internauta de acordo com suas
preferências e com a mínima
administração do usuário. Como muito dessa rede já está na
"cloud", ou nuvem informacional que compõe a internet, resta à tecnologia saber procurar.
(MARCELO NÓBREGA)
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