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Cientistas pedem moral robótica
MARCUS WOHLSEN
DA ASSOCIATED PRESS
Máquinas que superam,
em inteligência, seus criadores humanos. Segundo futuristas reunidos em conferência na semana passada, nos EUA, a tecnologia avança rumo a esse ponto.
O evento "A Cúpula da Singularidade: Inteligência Artificial e o Futuro da Humanidade"
reuniu
centenas
de fanáticos por
tecnologia
e cientistas para
imaginarem um
futuro no
qual haveria computadores capazes de se
autoprogramar, e
implantes
de cérebro capazes de tornar
o raciocínio humano quase
tão rápido quanto o dos microprocessadores atuais.
Os especialistas reunidos
no encontro avisaram que
chegou o momento de criar
diretrizes éticas capazes de
garantir que os avanços científicos representem benefícios, e não malefícios.
"Nós e o nosso mundo não
seremos mais nós", afirmou
em uma palestra Rodney
Brooks, professor de robótica do Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT).
Quando se trata dos computadores, disse Brooks, "a pergunta sobre quem são eles e
quem somos nós mudará de
feição".
Eliezer Yudkowsky, co-fundador do Instituto Singularidade para a Inteligência
Artificial, nos EUA, pesquisa
o desenvolvimento da chamada "inteligência artificial
amigável".
O maior temor dele, revelou, é que um inventor brilhante crie uma inteligência
artificial
imoral e capaz de realizar avanços
sozinha,
sem depender dos humanos: ela
pode se tornar hostil.
Singularidade foi o
termo cunhado para
descrever
esse tipo de
transformação tecnológica.
Alguns especialistas ridicularizam os singularistas
devido à obsessão com a "salvação por meio da tecnologia". Os piadistas falam em
"o apocalipse dos nerds". As
previsões deles baseiam-se
tanto na ciência quanto na
ficção científica, dizem os
que discordam.
Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO
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