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Teles se chocam no bloqueio de celulares
KÁTIA ARIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para evitar que o celular seja utilizado com o chip da concorrente, muitas operadoras vendem aparelhos bloqueados. Uma delas percebeu que a medida era antipática e decidiu fazer uma campanha, a Bloqueio Não, que defende o uso do telefone com qualquer chip.
A Oi, que lançou a campanha, sempre vendeu aparelhos bloqueados. Diz agora que vai desativar gratuitamente a trava, que impede que chips de outras operadoras sejam utilizados no celular de todos seus clientes interessados. E os novos aparelhos já serão vendidos sem o bloqueio.
No famoso blog de humor Kibe Loco (www.kibeloco.com.br), mantido por Antônio Tabet, há um selo da campanha. "Sou cliente de outra operadora e me sinto refém dela", diz. "Se as outras operadoras aderirem, será o primeiro passo para a melhoria desse serviço desastroso."
A Tim, que vende aparelhos bloqueados, afirma que qualquer cliente da operadora pode desbloquear o celular na loja, quando desejar, mediante pagamento de uma taxa de R$ 45. "O procedimento é feito na hora", afirma o diretor de Marketing da Tim, Marco Lopes. Segundo ele, o bloqueio é uma forma que a operadora encontrou para proporcionar tarifas e preços de aparelhos mais vantajosos.
Em comunicado, a operadora Claro diz que o bloqueio possibilita a venda dos telefones móveis a preços mais baixos. Se o plano do cliente estiver na carência, ele paga R$ 200 pelo desbloqueio. No fim do período, a operadora removerá a trava gratuitamente.
A Vivo, que começou a operar na tecnologia GSM em dezembro, não quis comentar.
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