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INTERNET PARA TODOS
Uso se populariza e barcos com conexão via satélite levam rede e serviços à população ribeirinha
País tem mais pontos de acesso gratuitos
MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL
As regiões nobres de cidades
como São Paulo e Rio de Janeiro foram as primeiras a oferecer locais públicos para acessar
de graça a internet. Entre os
pioneiros, havia museus em
São Paulo que mostravam em
seus quiosques páginas com a
exposição da época e centros
culturais cujas poucas máquinas eram disputadas por estudantes e executivos.
Com a democratização da informação transformada em
bandeira por governos estaduais e municipais e por ONGs,
chegou a vez de abrir locais
com acesso à rede para os sem-micro. Em comunidades carentes, a internet chegou por
meio de cursos com o trabalho
do CDI (Comitê para Democratização da Informática), que
já ajudou a formar 34 mil alunos em 49 cidades do país.
Em mais de cem agências dos
Correios, a maioria concentrada na Grande São Paulo, no interior e no Rio de Janeiro, o internauta pode navegar por 15
minutos. É pouco tempo, mas,
nesse período, dá para abrir
webmail e enviar cibercartões.
As máquinas sempre estão
ocupadas e, na hora do almoço,
formam-se filas.
As bibliotecas municipais são
outro local onde o sem-micro
pode passar de 20 minutos a
uma hora. A demanda é tão
grande que, em cidades como
Porto Alegre, o internauta às
vezes acaba desistindo da oferta gratuita e prefere pagar R$ 2
por 15 minutos em cibercafés.
Se o usuário fizer reserva com
três dias de antecedência, por
telefone, na Biblioteca Virtual
da Torre Malakoff, em Recife,
poderá navegar por uma hora.
Em Brasília, na região Centro-Oeste, há poucos pontos de
acesso, e a
capital goiana oferece uma biblioteca virtual com direito a 30
minutos diários de uso.
Já os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo são os mais
opulentos em acesso público
para todas as classes sociais.
Da Central do Brasil, passando pela região metropolitana
de São Gonçalo, a Paquetá, ilha
do Governador, zona sul e norte, o carioca pode surfar pela
rede em
dezenas de locais. No Espírito
Santo, apenas um local permite
duas horas de acesso, o maior
tempo disponível em todo o
mapa brasileiro levantado pela
Folha.
Colaborou a Agência Folha
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