São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Ex-executivo da Disney acha solução para lucro

"Prom Queen" e "The All-for-Nots" mostram que lucro é possível em produção exclusiva para a rede

DO "NEW YORK TIMES"

Quando Michael D. Eisner deixou a Walt Disney Company em 2005 e começou a reiventar-se na área dos meios de comunicação mais recentes, investindo em um site de compartilhamento de vídeo e abrindo um estúdio de programação digital, algumas pessoas de Hollywood soltaram risadinhas de escárnio.
E a mesma história se repete, disseram os fofoqueiros, mais uma estrela em decadência que não sabe quando abandonar os palcos. Poderia Eisner, no entanto, ser aquele que rirá por último?
Entre os investidores de Hollywood que se desdobram a fim de criar programas voltados para a internet, Eisner, 65, é um dos poucos que conseguiu ter feito sucesso logo de cara.
"Prom Queen", um seriado sobre assassinato que passa no MySpace e em outros sites, já foi visto por quase 20 milhões de pessoas desde que estreou, no ano passado.
O empresário vendeu uma versão dublada do seriado para a França, faturou mais um tanto ao permitir a filmagem de uma versão japonesa da série e fez uma seqüência: "Prom Queen: Summer Heat".
Agora, é a vez da segunda série de Eisner, "The All-for-Nots", uma comédia que acompanha as viagens de uma banda fictícia de indie rock -na internet, em celulares e na rede de TV a cabo HDNet.
O projeto incorpora algumas lições aprendidas recentemente. Desta vez, Eisner protegerá o direito autoral fora dos EUA ao restringir o acesso de audiências estrangeiras à série, que estará disponível no território norte-americano.
Com "The All-for-Nots", Eisner pretende mostrar que há lucros a serem auferidos no espaço existente entre o conteúdo gerado por usuários e a produção tradicional da TV.
Eisner é o primeiro a admitir que, apesar de seu sucesso inicial, ele ainda não encontrou sua Pedra de Roseta para a área de audiovisual na internet.
Na verdade, o slogan do "All-for-Nots" cairia como uma luva para o empresário. Diz o site do programa: "A banda que conquistará a World Wide Web; isso se não ficar sem gasolina antes".


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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