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Uso de redes SMS extrapola política
DE NOVA YORK
Nem só de política vive o
TxTMob, que foi usado nos protestos durante a convenção republicana em Nova York. "O primeiro uso foi político, mas agora
as pessoas estão usando para
muita coisa, mesmo para se comunicar com amigos", conta
John Henry, membro do Instituto
para Autonomia Aplicada.
Embora tenha sido o primeiro a
produzir impacto social nos EUA,
o TxTMob não é o pioneiro em
criar grupos cadastrados para o
recebimento e envio de mensagens por celular (SMS), nem o
primeiro a usá-los politicamente.
"Os celulares estão mudando a
forma como as pessoas se comportam. Trata-se de uma revolução social causada pela tecnologia", avalia Alberto Escarlate, autor do blogue CacheOp e colaborador do blogue Smart Mobs, um
desdobramento do livro homônimo de Howard Rheingold sobre o
tema. Segundo Rheingold, nas Filipinas e na Indonésia protestos
contra o governo organizados por
mensagens de texto são comuns,
e a mesma tecnologia também foi
usada neste ano durante os protestos realizados na Espanha contra a Guerra do Iraque.
Celebridades
Nos EUA, a frente mais explorada pelas redes de SMS é o entretenimento. No upoc.com, é possível se inscrever em um grupo sobre celebridades em Nova York e
receber mensagens como "a Demi Moore está na 5ª Avenida, ou o
Paul Newman está jantando em
tal restaurante", conta Escarlate.
"Entre os grupos há de tudo, desde os de caráter político até os que
usam o serviço para combinar de
andar de bicicleta."
Para Escarlate e Rheingold, as
"smart mobs" (nomenclatura
usada por Reighold em seu livro
para definir as comunidades formadas a partir da tecnologia) têm
sua versão primitiva nas flash
mobs -fenômeno de comportamento que ecoou também no
Brasil, pelo qual um grande grupo
de desconhecidos combinava um
encontro em um lugar inusitado,
como, por exemplo, uma loja de
brinquedos, para uma performance relâmpago.
"A vantagem é que se trata de
uma tecnologia muito acessível.
Mesmo em países mais pobres,
muita gente tem celular."
(LC)
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