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Estados Unidos discutem aplicações futuristas
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
Uma vez que a infra-estrutura e
as normas estejam estabelecidas,
o mercado americano para serviços de localização vai decolar.
As ofertas, sem dúvida, incluirão a localização de amigos e de
lojas de comida chinesa, mas uma
grande variedade de outros serviços está sendo analisada ou ainda
está na prancheta de projetos.
Em essência, os serviços vencedores darão às pessoas informações que melhoram a vida e economizam tempo, ou, como diz
Spinney, da Esri, "prevêem o imprevisível" -possibilitando, por
exemplo, uma fácil navegação em
torno de acidentes de trânsito ou
em ruas bloqueadas.
Em alguns casos, os clientes serão cobrados pelos dados consumidos: usuários do serviço de localização de amigos da AT&T
Wireless, por exemplo, pagam
US$ 2,99 por mês, além de taxas
de uso que dependem do número
de amigos apontados. Em outros
casos, haverá tarifas fixas.
Mas por quais outros serviços
os consumidores, as empresas e
mesmo os governos estarão dispostos a pagar? Um PDA ou telefone celular que soubesse sua localização poderia mostrar previsões do tempo bem localizadas.
A Digital Cyclone, sediada no
Estado de Minnesota, está desenvolvendo um software que fará
exatamente isso, usando o GPS e
celulares com acesso à internet.
E, se acontecer de aquelas tempestades com trovões trazerem
fortes ventos e raios, incendiando
um edifício, a banda ultralarga
(transmissão de dados em altíssima velocidade) pode ajudar a localizar pessoas presas dentro de
um edifício em chamas e rastrear
os bombeiros.
Especialistas acreditam que a
implantação da banda ultralarga
ainda leve alguns anos, mas o Departamento Americano de Segurança Nacional já pesquisa seu
uso em situações de emergência.
A Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas sobre Defesa
dos Estados Unidos também se
interessa tanto pela tecnologia
que deu mais de US$ 7 milhões à
empresa AEther Wire and Location, de Nicasio, Califórnia.
O presidente da empresa, Patrick Houghton, diz ter construído dispositivos portáteis capazes
de localizar qualquer pessoa com
um centímetro de precisão a quilômetros de distância.
Salil Pradhan, cientista sênior
da Hewlett Packard, desenvolveu
a Websign, uma tecnologia que
integra páginas da internet a serviços de localização.
Suponha que você vá procurar
uma casa no domingo. Com a
Websign, o seu celular mostraria
a sua localização dentro de um
certo quarteirão da cidade.
Quando você apontasse o telefone para um sinal de um imóvel à
venda, apareceria uma descrição
detalhada da casa. Ao entrar, uma
tecnologia de localização em espaços interiores passaria a fornecer dados relevantes -por exemplo, quem é o corretor, qual é a
idade do telhado e quando a cozinha foi reformada- à medida
que você perambulasse pelos cômodos.
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