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São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2003

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Local fechado gera interferência

DA "TECHNOLOGY REVIEW"

É muito mais desafiador rastrear os usuários em espaços interiores. O GPS assistido pode perder muito da sua precisão devido a telhados, paredes e outros obstáculos, ao passo que as técnicas de celular não chegam nem perto de conseguir: uma faixa de erro de 120 metros pode permitir que você identifique o sinal de um restaurante piscando num quarteirão da cidade, mas, ainda assim, um erro de cinco metros em uma área de muitos edifícios poderia colocar o usuário em um andar completamente diferente.
Embora não seja um problema em muitas aplicações, isso poderia ser a diferença entre a vida e a morte para soldados que tentassem identificar amigos e inimigos em uma operação de guerra urbana ou para bombeiros que buscassem vítimas em um incêndio.
Então que espécie de tecnologia pode ser usada quando a pessoa entra em um edifício e toma o elevador? Uma possibilidade é a popular tecnologia de rede sem fio conhecida como 802.11, ou Wi-Fi. Muitas operadoras de telefonia móvel já instalaram antenas Wi-Fi em hotéis, cafés e em outros prédios comerciais para prover acesso móvel à internet.
Essa infra-estrutura em expansão pode também ser usada para localizar pessoas em espaços interiores, diz Antti Korhonen, presidente da Ekahau, empresa finlandesa que criou um software que permite a localização por Wi-Fi.
No semestre passado, a Ekahau criou um projeto piloto para o Metropolitan Museum of Art de Nova York. Frequentadores vagando pelos cavernosos corredores do museu receberam informações sobre as peças de arte ao parar em frente delas por meio de um micro de mão.
Não é difícil imaginar aplicações que exigirão uma precisão maior, sem falar na confiabilidade e na segurança. Uma outra tecnologia sem fio poderia preencher essa lacuna: a banda ultralarga.
Ela usa rajadas de energia de bilionésimos de segundo com uma força extremamente baixa (um milésimo da força de um telefone celular tradicional). Essas rajadas diminutas possibilitam à tecnologia que entregue dados com velocidade de centenas de megabits por segundo, bem como que dê um posicionamento ultrapreciso. Contudo, como a banda ultralarga ainda não progrediu bastante em seu desenvolvimento, analistas a consideram em desvantagem em relação à Wi-Fi.


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