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Transmissão digital oferece mais qualidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o cidadão comum, a televisão digital parece uma boa promessa: imagem melhor, mais canais e mais recursos. O novo sistema tem vantagens, como alta resolução de vídeo e imunidade a
fantasmas, bem como serviços on-line como a interatividade e, em tese, acesso à internet em alta velocidade.
Existem três padrões: o americano (ATSC), o europeu (DVB) e
o japonês (ISDB). Embora cada
um deles tenha características distintas, os testes realizados pela
Anatel mostraram que todos são
capazes de suportar uma taxa de
transmissão de 19 Mbps (milhões
de bits por segundo).
Tirando detalhes técnicos e disputas políticas,
isso significa que os três formatos
permitem a exibição de TV de alta
definição (HD). A qualidade será
definida pelo governo e pelas
emissoras, que escolherão transmitir imagens de alta definição ou
exibir vários canais com qualidade atual no espaço de um só.
Para ver transmissões digitais,
será preciso comprar um novo televisor ou adquirir um conversor.
As emissoras terão de seguir um
cronograma de transição, que será lento. Mesmo nos Estados Unidos, que já implantaram um sistema digital, as redes de TV estão
demorando a mudar. Na Europa,
a TV digital é mais difundida, mas
a qualidade de imagem é menor:
por enquanto, as emissoras européias optaram por transmitir com
resolução normal (SD).
Procurados pela Folha, os criadores dos três sistemas disseram
que suas tecnologias oferecem recursos interativos. Segundo a
Abert, entidade que reúne emissoras brasileiras, a interatividade
exige conexão com uma rede de telefonia, pois nenhum dos padrões tem canal de retorno. (BG)
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