DA REPORTAGEM LOCAL

A Intel, que já comercializa um processador de 64 bits -o Itanium 2, nova versão de um chip lançado em 2001-, acredita que os computadores pessoais são adequadamente servidos pelos modelos de 32 bits, como o Pentium 4. O Itanium 2 se destina a servidores (computadores de grande porte).
Apesar do desdém, a Intel parece considerar relevante o lançamento do Athlon 64. Na semana passada, anunciou uma nova versão do Pentium 4, que se chama Extreme Edition e combina taxa de "clock" de 3,2 GHz com 2 Mbytes de memória cache L3.
O processador usa a memória cache para guardar as informações que irá computar. A memória cache funciona da mesma forma que a memória RAM. A diferença é que, como a cache é embutida no processador, é mais rápida do que a RAM. Há três tipos de cache: a L1, mais veloz, a L2, intermediária, e a L3, mais lenta.
O Pentium 4 atual tem 512 Kbytes de cache L2, mas não tem cache L3. (A Intel não divulga o tamanho da memória cache L1 desse chip -apenas sua capacidade de armazenar 12 mil pedaços de dados). O Athlon 64 tem 128 Kbytes de cache L1 e 1 Mbyte de cache L2.
A quantidade em si não é determinante, pois o uso da cache varia de acordo com as características de cada processador. O Pentium 4 Extreme Edition ainda não chegou ao Brasil, mas testes realizados pelo site www.tomshardware.com/cpu/20030811/index.html com o processador Intel Xeon, que é uma versão profissional do Pentium 4 e também tem 2 Mbytes de cache L3, indicam que a memória adicional nem sempre produz efeitos significativos.
Na internet, circulam especulações de que a Intel já teria um chip de 64 bits para micros pessoais, cujo nome de desenvolvimento é Prescott. Segundo o site www.theinquirer.net/?article=11668, que cita fontes anônimas, esse processador, o sucessor do Pentium 4, tem funções de 64 bits que poderiam ser ativadas caso o Athlon 64 comece a ganhar espaço no mercado. (BG)


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