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VENDAS ON-LINE
Comércio virtual conquista credibilidade e ganha clientes
ROSELI ANDRION
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há seis anos, em abril de 1999,
surgiu na internet brasileira uma
das primeiras lojas virtuais do
país -a livraria Booknet. Era a
inauguração do comércio eletrônico nacional. Poucos meses depois, a loja mudou de nome: virou
Submarino (www.submarino.com.br) e passou a vender livros,
CDs e brinquedos.
No primeiro ano, o faturamento
foi da ordem de R$ 1 milhão. No
ano passado, chegou a R$ 360 milhões. O crescimento veio apesar
das falhas: o projeto inicial, baseado no modelo americano de loja
on-line -sem estoque e com fornecedores disponíveis-, revelou-se um fiasco no primeiro Natal do comércio virtual brasileiro.
A empresa mudou sua estratégia. "Seria impossível manter a
qualidade do serviço sem ter produtos disponíveis para pronta entrega", conta Flávio Jansen, diretor-presidente da empresa.
Experientes no negócio de varejo, as Lojas Americanas (www.americanas.com.br) chegaram à
rede em janeiro de 2000. Já no primeiro ano, faturaram R$ 25 milhões. Em 2004, os números atingiram R$ 434 milhões.
A empresa montou uma equipe
que reunia profissionais de lojas
convencionais e especialistas em
internet. "Juntamos os conhecimentos dos integrantes da equipe
e desenvolvemos um modelo
muito eficiente", conta Vicente
Rezende, gerente da marketing da
empresa.
O MercadoLivre (www.mercadolivre.com.br), apontado
pelo Ibope/NetRatings como o
canal mais acessado do país na categoria comércio eletrônico, funciona de forma diferente. Lançado em 1999, é uma espécie de outlet virtual: cada um abre ali sua
lojinha e oferece os produtos mais
inusitados a quem visita os corredores on-line.
A venda de livros também deu
certo na internet brasileira. Livrarias tradicionais criaram lojas virtuais e oferecem um acervo variado e entrega rápida. As principais
são a Cultura (www.livrariacultura.com.br), a Fnac (www.fnac.com.br), a Saraiva (www.saraiva.com.br) e a Siciliano
(www.siciliano.com.br).
De 2001 a 2005, o faturamento
do comércio eletrônico nacional
aumentou cerca de 400%. Os dados são da e-bit (www.e-bit.com.br), que aponta como principais responsáveis pelo resultado
o aumento do valor gasto nas
compras e do número de transações. O valor médio das compras
cresceu 63% no período; o volume de vendas aumentou 254%. O
número de consumidores também aumentou: os 700 mil adeptos de 2001 viraram 3,25 milhões
em 2005.
Companhias aéreas
Entre os casos de sucesso do comércio eletrônico nacional, um
destaque são as companhias aéreas. Pioneira, a Varig (www.varig.com.br) abriu sua loja on-line em 1998. De cara, uma dificuldade teve de ser superada. "Era
preciso criar a cultura da compra
on-line. Hoje, sete anos depois,
ainda há muito receio quanto à
segurança. Imagine naquela época", diz a gerente Kátia Monteiro.
Em 1999, foi a vez de a TAM
(www.tam.com.br) abrir sua loja
virtual. Queria ampliar as opções
de canais de vendas para o consumidor final. Hoje, 95% dos bilhetes da companhia são negociados
pela internet. Já a Gol (www.voegol.com.br) começou suas operações em 2001. Todo o plano de negócios da empresa foi pensado
para a internet. "Nosso negócio é
totalmente dependente da web",
diz Wilson Maciel Ramos, vice-presidente de planejamento e tecnologia da informação.
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