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Campeão mundial de Fifa, brasileiro treina via internet
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os torneios de games ganharam caráter profissional em 1997,
quando o norte-americano Angel
Muñoz criou a CPL (Cyberathlete
Professional League). Mas hoje, o
Ronaldinho Gaúcho do teclado é
brasileiro. Após enfrentar uma seletiva nacional, no final do ano
passado Thiago Carriço de Azevedo, 21, foi até Zurique, na Suíça e,
na sede da entidade máxima do
futebol, superou jogadores de sete
outros países na competição Fifa
Interactive World Cup, recebendo o título de melhor jogador do
mundo.
Carriço, que é patrocinado, faz
planos para manter sua supremacia em 2005, mas afirma ainda
não ser possível, no Brasil, viver
da carreira de ciberatleta. Por isso,
está cursando faculdade de história. Nesta entrevista, ele fala sobre
a vida de jogador.
Folha - Qual a importância da
internet na rotina do ciberatleta?
Thiago Carriço de Azevedo - A internet é fundamental para meus
treinos. Apesar de eu ter meu irmão para jogar off-line, é importante jogar com outras pessoas
para ver diferentes estilos de jogo.
Folha - Você costuma treinar com
pessoas de países diferentes através da internet?
Carriço - Sim. Mas não é possível
jogar muito contra eles porque a
internet aqui ainda não é boa suficiente para isso e os jogos normalmente ficam com um pouco de
delay [atraso na execução dos comandos do jogador].
Folha - Para um ciberatleta, é indispensável a banda larga?
Carriço - Com certeza. Sem a
banda larga, não seria possível
realizar treinamentos pela internet. Mas os serviços oferecidos no
Brasil ainda deixam muito a desejar para quem precisa de internet
realmente rápida. O serviço que
tenho disponível onde moro chega no máximo a 768 Kbps de
download e 256 Kbps de upload
(envio de dados para a rede), o
que é muito pouco para jogar Fifa
Soccer contra jogadores de outros
países. O ideal seria ter pelo menos 2 Mbytes para download e
upload.
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