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Hospital usa micro de mão para medicamentos
GIEDRE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Hospital Israelita Albert Einstein encontrou na computação
móvel uma forma de tentar reduzir a zero a troca de medicamentos e de bebês em suas unidades.
Com a distribuição de 40 computadores de mão entre os enfermeiros, o hospital está testando na
maternidade e nas unidades cirúrgicas o procedimento do
prontuário eletrônico. Os dados
de cada paciente são identificados
por código de barras.
O primeiro passo para a tecnologia entrar em funcionamento é
separar e identificar todos os medicamentos que estão na farmácia
do hospital. Esse procedimento
permitirá o rastreamento da medicação, ou seja, saber de que lote
e para quem foi dado o remédio.
"Dessa forma, se uma medicação apresentar problemas, poderemos saber qual foi o paciente
que recebeu o comprimido de
qualquer lote. Atualmente, o controle acaba quando o medicamento chega à farmácia e é vendido ao consumidor", explica o vice-presidente e diretor de tecnologia de informação do Einstein,
Flávio Murachovsky.
Nesse sistema, sem qualquer
contato manual, os medicamentos são retirados de suas caixas e
identificados separadamente.
Assim como os remédios, os pacientes que estão internados possuem códigos de barras individuais, e todas as informações sobre sua medicação e estado de
saúde estão guardadas em um
prontuário eletrônico.
O prontuário fica disponível para uma rede de micros Palm usados pelos enfermeiros, que recebem as informações por meio de
uma unidade local de rádio.
O rádio opera em uma frequência de 2,4 GHz, que não entra em
conflito com os equipamentos
eletrônicos do hospital.
"O enfermeiro aproxima o leitor de código de barras do micro
na identificação do paciente, fica
sabendo exatamente qual é a medicação que precisa ministrar e
registra o código do medicamento na ficha do paciente. Por isso é
praticamente impossível haver
erros na medicação, e a identificação de cada comprimido é segura", afirma Murachovsky.
O enfermeiro também é treinado para anotar e transmitir informações sobre o paciente, como
pressão, temperatura e estado de
saúde. Dessa forma, desaparecem
as informações em papel.
A identificação também foi adotada na maternidade do hospital.
Quando a criança nasce, mãe e filho recebem suas identificações.
"Dessa forma, a possibilidade de
troca de bebês na maternidade
também é zero", diz.
O sistema de prontuário eletrônico por micros de mão foi implantado há dois meses e ainda está em fase de testes. "Não temos
dúvida sobre a implantação. Só
estamos recolhendo sugestões
dos usuários para ver o que pode
melhorar e colocar o sistema definitivamente em funcionamento."
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