São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 2000


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Hospital usa micro de mão para medicamentos

GIEDRE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Hospital Israelita Albert Einstein encontrou na computação móvel uma forma de tentar reduzir a zero a troca de medicamentos e de bebês em suas unidades. Com a distribuição de 40 computadores de mão entre os enfermeiros, o hospital está testando na maternidade e nas unidades cirúrgicas o procedimento do prontuário eletrônico. Os dados de cada paciente são identificados por código de barras.
O primeiro passo para a tecnologia entrar em funcionamento é separar e identificar todos os medicamentos que estão na farmácia do hospital. Esse procedimento permitirá o rastreamento da medicação, ou seja, saber de que lote e para quem foi dado o remédio.
"Dessa forma, se uma medicação apresentar problemas, poderemos saber qual foi o paciente que recebeu o comprimido de qualquer lote. Atualmente, o controle acaba quando o medicamento chega à farmácia e é vendido ao consumidor", explica o vice-presidente e diretor de tecnologia de informação do Einstein, Flávio Murachovsky.
Nesse sistema, sem qualquer contato manual, os medicamentos são retirados de suas caixas e identificados separadamente.
Assim como os remédios, os pacientes que estão internados possuem códigos de barras individuais, e todas as informações sobre sua medicação e estado de saúde estão guardadas em um prontuário eletrônico.
O prontuário fica disponível para uma rede de micros Palm usados pelos enfermeiros, que recebem as informações por meio de uma unidade local de rádio.
O rádio opera em uma frequência de 2,4 GHz, que não entra em conflito com os equipamentos eletrônicos do hospital.
"O enfermeiro aproxima o leitor de código de barras do micro na identificação do paciente, fica sabendo exatamente qual é a medicação que precisa ministrar e registra o código do medicamento na ficha do paciente. Por isso é praticamente impossível haver erros na medicação, e a identificação de cada comprimido é segura", afirma Murachovsky.
O enfermeiro também é treinado para anotar e transmitir informações sobre o paciente, como pressão, temperatura e estado de saúde. Dessa forma, desaparecem as informações em papel.
A identificação também foi adotada na maternidade do hospital. Quando a criança nasce, mãe e filho recebem suas identificações. "Dessa forma, a possibilidade de troca de bebês na maternidade também é zero", diz.
O sistema de prontuário eletrônico por micros de mão foi implantado há dois meses e ainda está em fase de testes. "Não temos dúvida sobre a implantação. Só estamos recolhendo sugestões dos usuários para ver o que pode melhorar e colocar o sistema definitivamente em funcionamento."



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