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Software deve ser dolarizado
da Reportagem Local
Sem acordo com fabricantes sobre uma taxa de câmbio para reposição de estoque, a Ingram Micro,
uma das três maiores distribuidoras de informática do país, praticamente parou de negociar com software na semana passada.
Antonio Ladeira, diretor-geral
da Ingram, diz que fornecedores
que não se protegeram do risco do
câmbio não sabiam como definir o
preço e os negócios empacaram.
Se os preços dos programas forem reajustados na mesma proporção da desvalorização do real,
Ladeira acredita que pode aumentar a pirataria de software.
Para Luiz Rielli, diretor comercial da BraSoft, distribuidora de
games, as tabelas de software devem acabar sendo dolarizadas,
embora a empresa não tenha alterado seus preços até sexta-feira.
"O consumidor não vai estar disposto a pagar essa conta e nós não
podemos trabalhar no vermelho."
Por conta desse choque, Rielli
acredita que as vendas do segmento devem recuar mais que os 15%
de queda registrados em 1998,
comparado com o ano anterior.
Daniel Boacnin, presidente da
Abes (Associação Brasileira das
Empresas de Software), explica
que o mercado de software é todo
regido em dólar porque os EUA
são o maior produtor. E não há
economia de escala que justifique a
gravação e a embalagem dos programas no Brasil. Assim, até a mídia (disquete ou CD) é importada.
Sobre a possibilidade de aumentar a pirataria, Boacnin diz que a
Abes estará vigilante.
(LR)
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