São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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reportagem de capa

Designer compara jogo a "Lost"

EXPECTATIVA Para Will Wright, Spore, seu novo game, será uma "franquia cultural" como a série

DO ENVIADO ESPECIAL A SAN FRANCISCO

Will Wright é um destes gênios que, quando fala, não importa o assunto, todos param para ouvir.
Durante a GDC 2008, o produtor de pérolas do naipe de The Sims e SimCity conversou com alguns jornalistas em um evento privado da Electronic Arts. "Pessoal, o papo de hoje não é sobre Spore", disse Neil Young, executivo da companhia, para uma certa chiadeira do público, antes de chamar Wright ao palco. O assunto? Narrativa nos games, dentre outras viagens.
Mesmo assim, Wright revelou algumas curiosidades interessantes a respeito de seus projetos, como o nascimento de The Sims, que não passava de um mero experimento: "No começo, não tínhamos a mínima idéia do que [The Sims] poderia ser. Nunca achamos que poderia ser tornar algo grande, como uma franquia."
E que franquia. Afinal, trata-se da mais bem-sucedida série de jogos para computador de todos os tempos.
Curiosamente, a Electronic Arts, que tem fama de explorar à exaustão fórmulas consagradas em vez de arriscar novas possibilidades, sempre apoiou a produção de The Sims, de acordo com Wright. "Na verdade, foi a Maxis [produtora do jogo] que ofereceu resistência."
Inevitavelmente, Spore circulou entre os assuntos, principalmente no que diz respeito às possibilidades de personalização que o simulador de vidas vai oferecer. O jogador poderá criar suas próprias criaturas, construções e veículos e manter seus amigos atualizados.
Ao citar seu próximo jogo, Wright começou a falar sobre influências culturais de franquias famosas, tais como Ursinhos Carinhosos, Tartarugas Ninja, Playmobil, Lego, Lost etc.
"Eu não sei o quanto Spore vai vender, mas acho que a forma como estamos tratando o jogo -como uma marca- representa uma nova forma de pensar as propriedades intelectuais e seus mundos", aposta.
Ao final do bate-papo, Wright respondeu perguntas como "Você se casaria com uma Sim?" e "Poderia, por favor, fazer um novo SimCopter?". Tudo sempre com um humor singular e o olhar de um gênio que hoje é compreendido. Ele até já ganhou um perfil na revista "The New Yorker", quando foi chamado de Game Master (mestre do game). (TA)


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