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reportagem de capa
Designer compara jogo a "Lost"
EXPECTATIVA Para Will Wright, Spore, seu novo game, será uma "franquia cultural" como a série
DO ENVIADO ESPECIAL A SAN FRANCISCO
Will Wright é um destes gênios que, quando fala, não importa o assunto, todos param
para ouvir.
Durante a GDC 2008, o produtor de pérolas do naipe de
The Sims e SimCity conversou
com alguns jornalistas em um
evento privado da Electronic
Arts. "Pessoal, o papo de hoje
não é sobre Spore", disse Neil
Young, executivo da companhia, para uma certa chiadeira
do público, antes de chamar
Wright ao palco. O assunto?
Narrativa nos games, dentre
outras viagens.
Mesmo assim, Wright revelou algumas curiosidades interessantes a respeito de seus
projetos, como o nascimento
de The Sims, que não passava
de um mero experimento: "No
começo, não tínhamos a mínima idéia do que [The Sims] poderia ser. Nunca achamos que
poderia ser tornar algo grande,
como uma franquia."
E que franquia. Afinal, trata-se da mais bem-sucedida série
de jogos para computador de
todos os tempos.
Curiosamente, a Electronic
Arts, que tem fama de explorar
à exaustão fórmulas consagradas em vez de arriscar novas
possibilidades, sempre apoiou
a produção de The Sims, de
acordo com Wright. "Na verdade, foi a Maxis [produtora do
jogo] que ofereceu resistência."
Inevitavelmente, Spore circulou entre os assuntos, principalmente no que diz respeito às
possibilidades de personalização que o simulador de vidas
vai oferecer. O jogador poderá
criar suas próprias criaturas,
construções e veículos e manter seus amigos atualizados.
Ao citar seu próximo jogo,
Wright começou a falar sobre
influências culturais de franquias famosas, tais como Ursinhos Carinhosos, Tartarugas
Ninja, Playmobil, Lego, Lost
etc.
"Eu não sei o quanto Spore
vai vender, mas acho que a forma como estamos tratando o
jogo -como uma marca- representa uma nova forma de
pensar as propriedades intelectuais e seus mundos", aposta.
Ao final do bate-papo,
Wright respondeu perguntas
como "Você se casaria com
uma Sim?" e "Poderia, por favor, fazer um novo SimCopter?". Tudo sempre com um
humor singular e o olhar de um
gênio que hoje é compreendido. Ele até já ganhou um perfil
na revista "The New Yorker",
quando foi chamado de Game
Master (mestre do game).
(TA)
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