São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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Jogadores e desenvolvedores buscam roteiros complexos

GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem só de excelência técnica vivem os jogos eletrônicos. Os roteiros são cada vez mais valorizados pelos jogadores e pelos produtores. Serve para os games o que disse José Wilker para os filmes durante a transmissão do Oscar, domingo, pela Globo: "Os efeitos especiais não bastam para esconder uma história fraca."
"Os roteiristas de jogos têm percebido que não adianta tentar copiar a narrativa do cinema. As boas histórias, nos games, têm características próprias, que aproveitam a interatividade e a não-linearidade", diz o designer Arthur Bobany, autor de "Videogame Arte" (Ed. Novas Idéias, R$ 32), livro no qual defende que o entretenimento eletrônico é uma forma de arte autônoma, "com uma linguagem própria". Ele cita como exemplo disso o jogo Oblivion IV, "com um mundo que se desenvolve conforme a atuação do personagem".
Uma indicação do reconhecimento das histórias dos jogos é que, pela primeira vez, o sindicato dos roteiristas dos EUA deu um prêmio a criadores dessa área em uma premiação que contemplava outras mídias.
O bizarro Dead Head Fred, "um conto clássico de assassinato, corrupção e vingança", de Dave Ellis e Adam Cogan, venceu a disputa dos games.
Entre os ganhadores de filmes, estava "Onde os Fracos Não Têm Vez", o grande vencedor do Oscar neste ano.


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