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CARTEIRA LIVRE
Administradores reduzem número de papéis para enfrentar as fortes oscilações de preços das ações
Como os fundos reagem à queda da Bolsa
da Redação
Sair da Bolsa neste momento,
para muitos analistas, seria um erro porque as empresas estão muito baratas. Para quem tem aplicações em fundos de ações ou carteira livre, a recomendação é a mesma: se não for precisar do dinheiro no curto prazo, aguarde a retomada da alta para se desfazer das
ações.
Os administradores de fundos
carteira livre estão reduzindo o
número de ações em suas carteiras, para tentar minimizar os efeitos da crise sobre a rentabilidade
das aplicações.
O fundo Unibanco Strategy, hoje, investe em apenas oito papéis.
É o que melhor vem atravessando
o período turbulento da crise, deflagrada em julho do ano passado
na Ásia, entre os seis fundos carteira livre de grandes bancos varejistas avaliados pelo Folhainvest,
com base nos dados fornecidos
pelo sistema Master Tracker de
acompanhamento de fundos.
Quem aplicou R$ 100 no fundo,
no final de julho do ano passado,
teria resgatado no último dia 4 de
setembro, R$ 45,86. Se tivesse optado pelo Bradesco Carteira Livre
Fácil (o que teve pior desempenho
no período), o cotista teria resgatado R$ 36 (veja tabela ao lado).
Bolsa
O Ibovespa (Índice da Bolsa de
Valores de São Paulo), que teve alta de 13,4% na última sexta-feira,
deverá se manter volátil ainda por
um longo tempo.
Nesta semana, as atenções dos
investidores estarão voltadas para
o nível das reservas cambiais e a
confirmação ou não da ajuda internacional ao país, boato surgido
na última sexta-feira, que serviu
de combustível para os negócios
com ações.
Se o boato não se confirmar,
nesta segunda-feira a Bolsa poderá
voltar a experimentar movimentos de queda. Se, ao contrário, novas notícias surgirem e estas conseguirem reverter as expectativas
dos investidores, a Bolsa poderá
passar por uma nova rodada de alta na cotação das ações.
Mas os analistas não trabalham
com a hipótese de altas tão acentuadas como a registrada na última sexta-feira.
Oscilação
Poucos analistas acreditam na
confirmação da ajuda internacional e, ainda assim, são muitos os
que consideram insuficiente o pacote de US$ 40 bilhões que viria
para a América Latina (veja texto
na pág. 2-8).
Na quinta-feira, a Bolsa viveu
um dos piores dias de todos os
tempos. Os negócios no pregão foram interrompidos duas vezes -
quando as perdas atingiram 10% e
quando chegaram a 15%. Era natural que, no dia seguinte, houvesse alguma reação. A Bolsa, ainda
assim, abriu em queda, na sexta-feira, de 4%.
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