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"Dispensamos conselhos"
da Reportagem Local
Até para os investidores de
peso, que trabalham com
grandes corretoras e bancos de
investimentos, os dias andam
difíceis. No início do mês, os
controladores de uma empresa
do setor sucro-alcooleiro resolveram, em reunião familiar,
ignorar os conselhos desencontrados dos gestores dos
bancos e aplicar o caixa da empresa em fundos cambiais e DI.
"Cada banco dava uma opinião diferente", diz o administrador da empresa.
A empresa trabalha com os
bancos Opportunity, Bradesco, Plural e a Corretora Patente. "Uma corretora sugeriu à
direção da empresa sair de fundos carteira livre no início do
mês; outra, disse para manter a
posição", conta o executivo.
"O problema é que somos
atendidos por operadores de
mesa que não têm uma análise
macroeconômica consistente", diz ele.
Pelo sim, pelo não, 70% dos
recursos foram transferidos
para fundos cambiais e só 4%
ficaram em fundos carteira livre (ações). O restante foi aplicado em fundos DI. A cautela
se explica: na crise de outubro
os controladores da empresa
perderam muito dinheiro em
operações com títulos da dívida externa muito alavancadas,
feitas pelo banco Garantia.
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