São Paulo, segunda, 14 de setembro de 1998

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"Dispensamos conselhos"

da Reportagem Local

Até para os investidores de peso, que trabalham com grandes corretoras e bancos de investimentos, os dias andam difíceis. No início do mês, os controladores de uma empresa do setor sucro-alcooleiro resolveram, em reunião familiar, ignorar os conselhos desencontrados dos gestores dos bancos e aplicar o caixa da empresa em fundos cambiais e DI. "Cada banco dava uma opinião diferente", diz o administrador da empresa.
A empresa trabalha com os bancos Opportunity, Bradesco, Plural e a Corretora Patente. "Uma corretora sugeriu à direção da empresa sair de fundos carteira livre no início do mês; outra, disse para manter a posição", conta o executivo. "O problema é que somos atendidos por operadores de mesa que não têm uma análise macroeconômica consistente", diz ele.
Pelo sim, pelo não, 70% dos recursos foram transferidos para fundos cambiais e só 4% ficaram em fundos carteira livre (ações). O restante foi aplicado em fundos DI. A cautela se explica: na crise de outubro os controladores da empresa perderam muito dinheiro em operações com títulos da dívida externa muito alavancadas, feitas pelo banco Garantia.



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