São Paulo, segunda, 14 de setembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rogério Albuquerque/Folha Imagem
Luís Antonio Linhares aplicou em fundo de ações e vai esperar para reverter as perdas


ATENDIMENTO
"Agências recomendam aplicações que todo mundo já faz"

da Reportagem Local
Luís Antonio Linhares, 36, dirige uma franquia de conserto de sapatos no shopping Ibirapuera. Engenheiro e administrador, cuida das finanças pessoais, sem jamais consultar o gerente do banco. "Não levo muito em conta o que os gerentes recomendam, pois eles se baseiam naquilo que todo mundo está fazendo", alega.
Há 10 dias, no meio do terremoto das Bolsas, ele resgatou 10% do capital aplicado em fundos de renda fixa e arriscou no fundo de ações Itaú Índice, que acompanha o Ibovespa.
"Achei que a Bolsa já havia chegado ao fundo do poço. Mas ela caiu mais", diz ele. "Não tenho pressa, vou esperar que os pregões se reanimem".
Para compensar as perdas em ações, na última quinta-feira ele resgatou o dinheiro que estava na caderneta de poupança e em um FAC e aplicou no Itaú DI 60. Também dessa vez não consultou o gerente do banco.


O que diz o Itaú
"Não estamos recomendando aplicações em Bolsa. Mas, se o cliente está disposto a arriscar parte do seu portfólio, não podemos impedir", explica Moacyr Roberto Castanho, superintendente de investimentos do Itaú.
Segundo o executivo, para fazer aplicações em fundos de ações do banco, o cliente assina um contrato onde é alertado sobre o risco do investimento. No caso de Linhares, "se ele está buscando um investimento de longo prazo, não há problema em entrar em um fundo de ações no momento", diz.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.