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Rogério Albuquerque/Folha Imagem
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Luís Antonio Linhares aplicou em fundo de ações e vai esperar para reverter as perdas
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ATENDIMENTO
"Agências recomendam
aplicações que todo mundo já
faz"
da Reportagem Local
Luís Antonio Linhares, 36,
dirige uma franquia de conserto
de sapatos no shopping Ibirapuera. Engenheiro e administrador, cuida das finanças pessoais, sem jamais consultar o
gerente do banco. "Não levo
muito em conta o que os gerentes recomendam, pois eles se
baseiam naquilo que todo mundo está fazendo", alega.
Há 10 dias, no meio do terremoto das Bolsas, ele resgatou
10% do capital aplicado em fundos de renda fixa e arriscou no
fundo de ações Itaú Índice, que
acompanha o Ibovespa.
"Achei que a Bolsa já havia
chegado ao fundo do poço. Mas
ela caiu mais", diz ele. "Não tenho pressa, vou esperar que os
pregões se reanimem".
Para compensar as perdas em
ações, na última quinta-feira ele
resgatou o dinheiro que estava
na caderneta de poupança e em
um FAC e aplicou no Itaú DI 60.
Também dessa vez não consultou o gerente do banco.
O que diz o Itaú
"Não estamos recomendando aplicações em Bolsa. Mas, se
o cliente está disposto a arriscar
parte do seu portfólio, não podemos impedir", explica
Moacyr Roberto Castanho, superintendente de investimentos
do Itaú.
Segundo o executivo, para fazer aplicações em fundos de
ações do banco, o cliente assina
um contrato onde é alertado sobre o risco do investimento. No
caso de Linhares, "se ele está
buscando um investimento de
longo prazo, não há problema
em entrar em um fundo de
ações no momento", diz.
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