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ATENDIMENTO
Agência indica CDB; diretoria, fundos DI
Orientação não esclarece cliente
da Reportagem Local
A professora aposentada Virgínia Costa,74, decidiu há um
ano concentrar as economias
da família em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) do
banco Safra. Mas, desde que a
Ásia e, depois, a Rússia abalaram os mercados mundiais, ela
passou a se preocupar com o
futuro de sua poupança.
"É com o rendimento desse
dinheiro que complementamos o orçamento da família",
diz ela. O sustento dela, do marido, da filha e do neto depende, em parte, desses recursos.
Por isso, ela esteve há poucos
dias na agência do Safra onde é
correntista, em busca de orientação. "Por enquanto," disse
o gerente, "o CDB está acompanhando os juros de mercado". E acrescentou: "não precisa mudar de aplicação". Mas
Virgínia diz que continua em
dúvida.
O que diz o Safra
Um funcionário do banco,
consultado pelo Folhainvest,
estranhou que a cliente estivesse com toda suas economias
concentradas em CDBs. Em
geral, os analistas não recomendam colocar todos os ovos
na mesma cesta.
"O problema dessa carteira é
que um dia os títulos vencem e
ela terá de pagar CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mesmo que não saque", diz ele.
Segundo o funcionário, a
orientação do banco para as
agências, nas últimas semanas,
é recomendar aplicações atreladas ao CDI (Certificado de
Depósito Interbancário), que
rende juros de mercado. "Todos os nossos fundos são DI",
diz. À professora ele recomenda que, ao vencerem os CDBs,
ela migre para um desses fundos.
Apesar de os fundos de renda fixa recolherem imposto de
renda a cada 60 dias, o que não
ocorre com o CDB, a taxa é
menor que a CPMF cobrada na
renovação dos títulos.
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