São Paulo, segunda, 14 de setembro de 1998

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ATENDIMENTO
Banco diz que não há mistério nas contas
"Gerente não sabe calcular cota"

da Reportagem Local

Moderado ou agressivo? O engenheiro Pedro Fuentes Gonzalez sempre se considerou um investidor moderado. Antes do real, ele só aplicava em caderneta de poupança. Mas, desde que o país entrou na rota dos fluxos de capitais voláteis e o mercado financeiro local se expandiu, Gonzalez diversificou sua carteira.
Descobriu-se, então, com um perfil arrojado, fazendo apostas em ações e derivativos, por meio de fundos de investimentos. "Desde 1995 aplico em Bolsa e derivativos. Ganhei dinheiro no passado, mas, em agosto, perdi muito", diz ele.
"Não peço ajuda aos gerentes, pois eles não estão preparados para orientar o investidor", diz o engenheiro. Gonzalez reclama que os bancos onde aplica, Itaú e Boavista, não conseguiram resolver uma velha dúvida. "Como é calculada a cota dos fundos de ações e carteira livre?" pergunta ele.
"Se a Bolsa sobe 7%, as cotas não acompanham; se cai 8%, as cotas caem mais", diz. "Qual é o mistério?."
O que diz o Itaú

Não há mistério algum no cálculo das cotas dos fundos de ações e carteira livre, segundo Moacyr Roberto Castanho, superintendente dos fundos de investimentos do Itaú. "A cota é calculada pela cotação média diária da Bolsa, não pelo índice de fechamento", explica. "Se a Bolsa cai e o fundo rende menos, ninguém reclama."
O problema é quando a Bolsa sobe e a cota não acompanha, pois a cotação média, muitas vezes, é inferior ao índice de fechamento do Ibovespa. Segundo Castanho, os funcionários das agências do Itaú estão preparados para dar esse tipo de explicação.
O banco conta, ainda, com um serviço de teleatendimento, para orientar os investidores. Mas, nos últimos dias, o sistema esteve congestionado.



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