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INDICADORES
Taxas de juro, dólar e inflação estão em queda
Está na hora de rever sua carteira
da Redação
Há um mês, a imagem do país entre os investidores estrangeiros era
de perda de credibilidade, motivada, então, pela ausência de autoridade monetária (a nova diretoria
do Banco Central não havia ainda
passado pelo Congresso), pela briga interna do governo federal com
os governadores que ameaçavam
promover uma moratória interna
e pelas negociações com FMI
(Fundo Monetário Internacional),
que estavam emperradas.
"Nesse cenário, todo cuidado era
recomendado, pois muitas incertezas rondavam os mercados", diz
Antônio Costa, sócio da Oryx Asset Management.
Mas, hoje, a situação é outra. Esses problemas foram superados e,
segundo Costa, há espaço para se
buscar aplicações mais rentáveis
(consequentemente, de maior risco). Nos últimos meses, ele recomendava os fundos DI, aqueles
que seguem as taxas de juro diárias
e são aplicações extremamente
conservadoras. "Mas, agora, já é
possível migrar parte dos recursos
para fundos que tomem um pouco
mais de risco", diz Costa.
Os analistas acreditam que as taxas de juro devem prosseguir na
rota de queda. Nesse caso, o investidor deve reservar parte de suas
economias para carteiras que tenham títulos prefixados (que ganham com os juros em queda).
O mercado de ações também deve ser considerado uma opção neste ano, quando você estiver revendo sua carteira de investimentos
(leia texto na página 2-2). Rever
suas aplicações, neste momento, é
prudente, na avaliação de muitos
analistas. Isso porque você pode
ter alguns ganhos extras num cenário mais otimista.
Os analistas do alemão Dresdner
Bank dizem que o Brasil deverá seguir os passos da Coréia e não os
do México. Os dois países promoveram desvalorização cambial,
mas a Coréia, no período seguinte
à desvalorização, teve mais sucesso
no controle da inflação do que o
México.
Segundo projeções dos analistas
do Dresdner, o índice de preços ao
consumidor medido pela Fipe deverá mostrar uma inflação de 13%
em 99. Trata-se de uma previsão
extremamente otimista, pois o
próprio governo trabalha com
uma projeção de 16,8%.
A recessão está se mostrando
mais eficiente para frear a remarcação de preços do que imaginavam alguns analistas. "A grande
surpresa foi a divulgação da segunda quadrissemana do IPC da Fipe,
que revelou uma inflação de
0,96%, com queda de 0,28 ponto
percentual em relação à primeira
quadrissemana", dizem os analistas da Liberal Asset Management,
empresa do Bank of America. Com
esse resultado, as projeções de inflação para março estão sendo revistas pelo banco para baixo.
Os analistas do Dresdner, capitaneados por Neil Dougall, estimam
que o dólar, no final do ano, estará
sendo cotado a R$ 1,80. "O acordo
revisto com o FMI é coerente e tem
credibilidade", dizem os analistas.
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