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Tesouro ganharia R$ 3 bilhões
da Redação
O Tesouro Nacional tem atualmente 73% das ações ordinárias
(com direito a voto) do BB e 70%
das preferenciais. Trata-se de uma
concentração desnecessária nas
mãos do governo, que, para ter o
controle da instituição, precisaria
controlar apenas 50% das ordinárias mais uma ação.
Isso significa que o governo tem
R$ 3,4 bilhões a mais do que precisaria para lhe garantir o comando
do BB (cálculos feitos pelo valor
das ações do banco negociado na
última sexta-feira).
"É uma concentração que não é
boa nem para o governo nem para
o mercado", diz Gilberto Gonçalves Caetano, diretor financeiro do
BB. Segundo ele, foram realizados,
no ano passado, alguns estudos
para montar um programa de pulverização dessas ações no mercado. "Tentamos estruturar operações para que essas ações voltassem às mãos do mercado", diz.
O programa foi suspenso, contudo, porque o mercado de ações ficou adverso, após a crise da Rússia. "Acho que teremos um mercado bem melhor a partir do segundo trimestre", diz.
Segundo Caetano, a emissão de
ADR (American Depositary Receipts) consta da agenda da diretoria do BB. Esses papéis servem para que as ações do banco sejam negociadas no mercado americano.
"Estamos trabalhando para que isso venha a ocorrer, mas ainda não
temos uma data", diz Caetano.
Os investidores estrangeiros representam 1% do capital total do
banco e as pessoas físicas têm uma
participação de 2,5%.
As ações Brasil PN apresentam
este ano uma valorização de
16,16%. No mesmo período, os papéis do Banespa PN apresentaram
uma valorização de 57,5%.
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