São Paulo, segunda, 29 de março de 1999

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Tesouro ganharia R$ 3 bilhões

da Redação

O Tesouro Nacional tem atualmente 73% das ações ordinárias (com direito a voto) do BB e 70% das preferenciais. Trata-se de uma concentração desnecessária nas mãos do governo, que, para ter o controle da instituição, precisaria controlar apenas 50% das ordinárias mais uma ação.
Isso significa que o governo tem R$ 3,4 bilhões a mais do que precisaria para lhe garantir o comando do BB (cálculos feitos pelo valor das ações do banco negociado na última sexta-feira).
"É uma concentração que não é boa nem para o governo nem para o mercado", diz Gilberto Gonçalves Caetano, diretor financeiro do BB. Segundo ele, foram realizados, no ano passado, alguns estudos para montar um programa de pulverização dessas ações no mercado. "Tentamos estruturar operações para que essas ações voltassem às mãos do mercado", diz.
O programa foi suspenso, contudo, porque o mercado de ações ficou adverso, após a crise da Rússia. "Acho que teremos um mercado bem melhor a partir do segundo trimestre", diz.
Segundo Caetano, a emissão de ADR (American Depositary Receipts) consta da agenda da diretoria do BB. Esses papéis servem para que as ações do banco sejam negociadas no mercado americano. "Estamos trabalhando para que isso venha a ocorrer, mas ainda não temos uma data", diz Caetano.
Os investidores estrangeiros representam 1% do capital total do banco e as pessoas físicas têm uma participação de 2,5%.
As ações Brasil PN apresentam este ano uma valorização de 16,16%. No mesmo período, os papéis do Banespa PN apresentaram uma valorização de 57,5%.



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