Em artigo publicado no último dia 12 no "New York Times", a escritora feminista Naomi Wolf analisa a literatura atual voltada a garotas adolescentes, como a série "Gossip Girl" (Record). Segundo a autora americana, um dos nomes mais importantes da terceira onda do feminismo e autora de "Promiscuidades" e "O Mito da Beleza" (ambos pela Rocco), esse tipo de livros oferece uma nova e "assustadora" voz às adolescentes, incentivando o egoísmo, a briga entre elas pela popularidade, a arrogância, a "maldade", a busca por riqueza -ainda que de forma corrupta- e até a promiscuidade sexual. Ela critica a "falência do sistema de valores" em uma sociedade em que os próprios pais incentivam esse tipo de leitura.
Já na entrevista que concedeu à Folha, a educadora Alison Wolf, ao ser indagada sobre esse artigo, atacou a feminista: "Não sou fã de Naomi Wolf. Acho que ela projeta em todos o que acontece em sua vida pessoal. Não vejo esse incentivo por parte da literatura feminina", disse. Para ela, não há relação entre o fim do altruísmo feminino e um "incentivo ao egoísmo ou à "maldade" das garotas adolescentes", como frisa Naomi.


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