São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009

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A explosão da gripe

DA REDAÇÃO

Entre 2005 e janeiro de 2009, 12 casos da gripe suína foram detectados em seres humanos nos EUA. Antes disso, outras duas ocorrências letais do vírus foram registradas no país.
A primeira foi em 1976, num campo de treinamento militar, e a segunda em 1988, quando uma mulher grávida foi exposta a um porco doente, segundo a OMS.
O surto atual surgiu no México, e rapidamente foram detectados casos nos EUA. A suspeita é que esta espécie tenha parentesco com o vírus que causou a gripe espanhola, em 1918.
Segundo especialistas, o vírus surgiu de uma recombinação do RNA de três tipos: o da gripe suína, o da gripe aviária e o da gripe em seres humanos.
Autoridades sanitárias dos EUA haviam assinalado 20 casos no país, no domingo. No mesmo dia, o governo mexicano confirmou que 22 pessoas haviam morrido por causa do vírus. Mas, dois dias mais tarde, o número de mortes havia se reduzido a sete.
Outros casos suspeitos, porém, estavam sendo avaliados em 34 países da Europa, África, América do Sul e Oceania.
Na segunda-feira, quando o total de casos confirmados subia para 73, o nível de alerta da OMS subiu de 3 para 4.
Isto é, o vírus havia passado de um status de "foco esporádico" e sem capacidade de contágio entre seres humanos para se tornar uma cepa capaz de ser transmitida entre humanos e com aumento significativo no risco de pandemia. No Brasil, 20 pacientes estavam sendo monitorados na terça-feira.
No dia seguinte, apesar da revisão para baixo do número de mortes no México, o nível de risco da doença passou a ser considerado pela OMS uma pandemia iminente.
Os EUA já registram a morte de um bebê mexicano em seu país, a primeira causada pelo surto de gripe suína.
Em pronunciamento na quarta-feira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que 36 pacientes estavam sendo observados, e, na quinta, quatro casos suspeitos passaram a ser analisados.


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