São Paulo, domingo, 09 de abril de 2006

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O Inominável (1949)
Conclusão da trilogia, radicaliza a corrosão da confiabilidade da palavra e da identidade subjetiva que nela se alicerça: "Não direi mais eu, não o direi nunca mais, é imbecil demais". O personagem diz ter "a forma, se não a consistência, de um ovo, com dois buracos não importa onde para impedir a explosão". Imóvel e perdido na escuridão, ele necessita de uma história, para quem sabe achar-se a si mesmo. Projeta-se em Mahood, "homem- tronco", preso num jarro, em frente a um restaurante, e em cujo rosto imóvel só se mexem os olhos. Recorda-se da época em que podia caminhar, antes das mutilações. Depois recorre a Worm ("verme", em inglês), personagem desprovida de consciência e capacidade de falar (Nova Fronteira, tr. Waltensir Dutra).

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