São Paulo, domingo, 09 de julho de 2006

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Segregação universitária pode piorar no século 21, diz manifesto "pró"

DA REDAÇÃO

Leia a seguir os principais argumentos apresentados no manifesto favorável à aprovação dos projetos da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial.
1. Foi a constatação da extrema exclusão dos jovens negros e indígenas das universidades que impulsionou a atual luta pelas cotas.
2. É uma resposta do Estado brasileiro aos instrumentos jurídicos internacionais a que aderiu, como o Plano de Ação de Durban, que corrobora a adoção de ações afirmativas como mecanismo importante na construção da igualdade racial. Há uma expectativa internacional de que o Brasil implemente políticas de ações afirmativas.
3. Os mecanismos de exclusão racial embutidos no universalismo do Estado republicano levarão o país a atravessar todo o século 21 como um dos sistemas universitários mais segregados do planeta -étnica e racialmente.
4. Estaremos condenando mais uma geração inteira de secundaristas negros a ficar fora das universidades.
5. Para que as universidades públicas cumpram sua função republicana em uma sociedade multiétnica e multirracial, deverão refletir as porcentagens de brancos, negros e indígenas do país.
6. Estudos permitem afirmar com segurança que o rendimento acadêmico dos cotistas é, em geral, igual ou superior ao rendimento dos alunos que entraram pelo sistema universal.
7. A prática das cotas tem contribuído para combater o clima de impunidade diante da discriminação racial no meio universitário.
8. As cotas incidiriam em apenas 2% do total de ingressos no ensino superior.
9. A igualdade universal dentro da República não é um princípio vazio, e sim uma meta a ser alcançada. As ações afirmativas são a figura jurídica criada pela ONU para alcançar essa meta.


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