São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Leia trecho do texto premiado

FLÁVIA HELENA PÉRET

Ao vasculhar livros e memórias, conversar com as pessoas e ouvir inúmeras histórias, descobrimos que a trajetória da imprensa gay é um território cheio de buracos, de desvios e de caminhos interrompidos. Aprendemos também que a história é feita de fracassos. E essa palavrinha impertinente -fracasso- revela a principal marca da imprensa gay brasileira, a insubordinação.
Uma imprensa que, mesmo diante de tantos problemas, manteve-se insubordinada às formas tradicionais de produção, veiculação e distribuição de informação, às ideias em seus devidos lugares, à moral sexual, à igreja, ao mercado editorial.
Se existe um denominador comum nos relatos deste livro, ele é o esforço -coletivo e individual- de pessoas comprometidas com uma ideia tão simples na teoria, mas complexa na prática: dar voz e visibilidade a uma parcela da população que, por amar e expressar sua identidade sexual de forma não hegemônica, precisa encontrar brechas, durante séculos e, infelizmente, até hoje, para ocupar um espaço que constitucionalmente é de direito de todos os cidadãos. O direito de vivenciar sua sexualidade livremente.

Trecho de "Imprensa Gay no Brasil", a ser editado pela Publifolha.



Texto Anterior: Folha Memória define vencedor
Próximo Texto: +Sociedade: De má fé
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.