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As 3 fases do consumo de massa
1. O nascimento dos
mercados de massa
Iniciada nos anos 1880, se consolida na primeira metade do
século 20. No lugar de pequenos mercados locais se constituem mercados nacionais, possibilitados pela modernização
da infra-estrutura de transporte e comunicação. As fábricas
adotam princípios "científicos"
de produção. Surgem grandes
lojas de departamento, como
Printemps (França) e Bloomingdale's (EUA), e se consolidam as grandes marcas, como
Coca-Cola, Quaker e Kodak. É
uma fase de construção cultural, que requer a "educação"
dos consumidores. Ir às compras se torna passatempo e estilo de vida das classes médias.
2. A "sociedade
de abundância"
Construída ao longo das três
décadas do pós-guerra, dá continuidade aos processos inventados no estágio anterior.
Multiplica-se por quatro o
poder de compra dos salários, o
crédito se expande, e uma parcela crescente da sociedade
passa a ter acesso a produtos
até então restritos às classes
abastadas: carro, TV, eletrodomésticos etc. Supermercados e
hipermercados se expandem
velozmente. Diminui o tempo
de vida das mercadorias, que se
diversificam, se renovam e
criam o "complô da moda".
3. O hiperconsumo
Fase iniciada nas duas últimas
décadas do século 20, em que o
consumo se associa de forma
cada vez mais forte a critérios
individuais. A satisfação corporal e estética de cada um se sobrepõe à busca pela aparência
de classes sociais mais altas. A
curiosidade se torna uma paixão, e cria-se uma nova relação
emocional entre indivíduos e
mercadorias.
As marcas se fortalecem de
forma independente dos produtos, como a Benetton, num
processo chamado "branding".
O produto deixa de ser vendido
e dá lugar a um conceito, um
estilo de vida associado à marca, que são representadas por
slogans em marcas de alcance
mundial: "Just do it" (Nike) ou
"Think different" (Apple).
A ansiedade pelo consumo
cresce, juntamente com a necessidade de consumir. O hiperconsumismo passa a ser
visto como uma forma de lutar
contra a fatalidade natural da
vida, como um antidestino.
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