ERYK ROCHA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em "Os Habitantes", de 1970, o diretor armênio Artavazd Peleshian (1938) propõe uma nova relação cinematográfica entre imagem, montagem e música, em um documentário sem palavras. Faz uma releitura da montagem eisensteiniana e fala da questão do corpo e do cosmos, de forma totalmente ligada ao ser humano, um modo maravilhoso, transcendental, de refazer o cinema político. Um filme pouquíssimo conhecido que trata do fluxo da existência humana em meio ao mundo, indo do detalhe dos gestos à épica do destino da humanidade.