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Nacionalismo aumenta com recessão
DA REDAÇÃO
E spancada, na segunda passada, por skinheads em Dubendorf (Suíça), a brasileira Paula Oliveira acabou
abortando a gravidez de gêmeos em decorrência dos
ferimentos. Os agressores inscreveram a estilete, em suas
pernas, a sigla do partido SVP -contrário à proposta, aprovada em referendo no domingo passado, de renovar e ampliar o acordo de imigração da Suíça com a União Europeia.
Apesar de a maioria da população suíça ter se manifestado a favor do referendo, o crime não é o único exemplo da
era da "desglobalização".
O termo foi cunhado pelo premiê britânico, Gordon
Brown, no final de janeiro para referir-se aos países que
endurecem as relações com imigrantes e capitalistas estrangeiros. "Essa forma de desglobalização, que vai levar ao
protecionismo comercial se não for interrompida, é algo de
que venho advertindo as pessoas", disse.
Seu mote "empregos britânicos para trabalhadores britânicos" foi apropriado no protesto de operários ingleses
que rejeitaram a contratação de italianos e portugueses
por uma refinaria de petróleo.
O Senado italiano suscitou protestos ao aprovar lei que
torna crime a imigração ilegal (com até quatro anos de prisão) e estimula os médicos a delatarem imigrantes. A lei
ainda carece de aprovação na Câmara. Na França, o ministro da Imigração, Eric Besson, propôs recompensar com
vistos os estrangeiros que denunciarem redes de imigração. Nos EUA, o plano de estímulo à economia de Obama
(mais de US$ 700 bilhões) condiciona a ajuda financeira ao
uso de material proveniente de fornecedores americanos.
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