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Memórias de ex-premiê viram livro
DO "NEW YORK TIMES"
Em maio de 1989,
enquanto travava
embates com os rivais linha-dura do partido sobre como lidar com
os estudantes que ocupavam a praça da Paz
Celestial, o chefe do
Partido Comunista Chinês, Zhao Ziyan, solicitou uma audiência com
Deng Xiaoping, o patriarca nos bastidores.
Para sua desilusão,
descobriu pouco depois
que Deng já tinha se
reunido com diversos
membros do Politburo,
incluindo os adversários
de Zhao.
No encontro foi decidido que iriam adotar a
lei marcial, e a proposta
de diálogo de Zhao foi
descartada em favor do
uso da força.
O resultado foi uma
violenta repressão militar contra os estudantes, em que pelo menos
400 pessoas morreram.
Zhao foi expurgado e
colocado em prisão domiciliar até sua morte,
em 2005.
Mas nessa longa e forçada "aposentadoria",
Zhao secretamente registrou sua própria narrativa em 30 fitas cassetes, contando desde sua
ascensão ao poder, nos
anos 1980, às disputas
internas do partido e como ele ajudou a pôr a
China no caminho para
se tornar a potência que
é hoje.
Quase 20 anos depois
do massacre e da queda
de Zhao, as transcrições
editadas estão sendo
publicadas no livro "Prisioneiro do Estado - O
Diário Secreto do Premiê Zhao Ziyan", que sai
nos EUA neste mês.
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