São Paulo, domingo, 17 de maio de 2009

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Memórias de ex-premiê viram livro

DO "NEW YORK TIMES"

Em maio de 1989, enquanto travava embates com os rivais linha-dura do partido sobre como lidar com os estudantes que ocupavam a praça da Paz Celestial, o chefe do Partido Comunista Chinês, Zhao Ziyan, solicitou uma audiência com Deng Xiaoping, o patriarca nos bastidores.
Para sua desilusão, descobriu pouco depois que Deng já tinha se reunido com diversos membros do Politburo, incluindo os adversários de Zhao.
No encontro foi decidido que iriam adotar a lei marcial, e a proposta de diálogo de Zhao foi descartada em favor do uso da força.
O resultado foi uma violenta repressão militar contra os estudantes, em que pelo menos 400 pessoas morreram.
Zhao foi expurgado e colocado em prisão domiciliar até sua morte, em 2005.
Mas nessa longa e forçada "aposentadoria", Zhao secretamente registrou sua própria narrativa em 30 fitas cassetes, contando desde sua ascensão ao poder, nos anos 1980, às disputas internas do partido e como ele ajudou a pôr a China no caminho para se tornar a potência que é hoje.
Quase 20 anos depois do massacre e da queda de Zhao, as transcrições editadas estão sendo publicadas no livro "Prisioneiro do Estado - O Diário Secreto do Premiê Zhao Ziyan", que sai nos EUA neste mês.


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