São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

UMA ÂNFORA DE COBRE

Os espinhos dos figosdíndia sobre a sebe o teu corpete novo e azul num átimo destacado, uma dor o que escava no fundo do coração quem sabe em Lentini perto do charco do mestre Iacopo das enguias e dos enlaces. Que coisa reconta a terra, celebrando o pio dos melros no oco do meio-dia esfomeado de frutas fundas de sementes violetas e ocres? Teus cabelos em desordem sobre as orelhas que nada mais escutam, cabelos de aquarela de cores desmaiadas. Uma ânfora de cobre numa porta estremece de gotas d'água e fios rubros de erva


SALVATORE QUASIMODO Tradução de Fernando Monteiro



Texto Anterior: Memórias da terra amarga
Próximo Texto: + literatura: Metáfora engenhosa
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.