São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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Hannah Arendt, que faria cem anos, investigou "banalidade do mal" em "Eichmann em Jerusalém"

DA REDAÇÃO

Uma das principais estudiosas dos governos totalitários, Hannah Arendt teria completado cem anos no último dia 14 de outubro. Morta em 1975, a pensadora de origem alemã teve de fugir da perseguição aos judeus nos anos 30 e 40 -época em que seu ex-professor Martin Heidegger, com quem tivera um caso amoroso, se filiou ao Partido Nacional-Socialista.
Fixou-se nos EUA, naturalizando-se em 51. Nesse ano, lançou "Origens do Totalitarismo", que trata histórica e filosoficamente da construção dos sistemas políticos e do controle das massas -e sua eventual derrocada pelas revoluções.
De 1963, seu "Eichmann em Jerusalém" (Cia. das Letras) -reunião de artigos que escreveu para a "New Yorker" sobre o julgamento de um burocrata nazista responsável por ordenar massacres- é um estudo seminal sobre o nazismo. Nele, investiga um sistema político moderno em que o carrasco nada mais é que um profissional zeloso -derivando daí sua famosa formulação sobre a "banalidade do mal".


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