São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2002

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SOB O DUPLO INCÊNDIO

Sob o duplo incêndio
da lua e do neon,

sobre um parapeito de
mármore, entre duas cortinas

jogadas pela brisa marinha
que ao mesmo tempo às suas

coxas e costas dispensava
um hálito incontínuo,

inundando de rubro o restrito
perímetro de seu jarro em cerâmica

e contrastando imemorial com a
transitoriedade de tudo ali

hotel, amor, dia, noite, carros,
uma flor alheia a símbolos

atingia seu ponto máximo
de beleza.

Poema de Carlito Azevedo


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