"Prêt-à-Porter 1, 2, 3, 4 ,5..." (ed. Sesc-SP) , que será lançado no final deste mês, registra as primeiras edições do projeto "Prêt-à-Porter", coordenado por Antunes Filho. Além de textos do próprio diretor, o livro traz, entre seus destaques, reflexão de Renato Janine Ribeiro, professor de filosofia da USP, sobre a a teatralização da política e da sociabilidade modernas, sob a ótica de Nicolau Maquiavel. Olgária Matos, que leciona no mesmo departamento, discute, a partir de Walter Benjamin, o esvaziamento da memória e da capacidade de contar histórias na atualidade. O terapeuta junguiano Roberto Cirani discute a relação entre o ator e o mito do herói. Textos de Fernanda Pitta, Marici Salomão e Ricardo Muniz Fernandes (organizador do volume) resgatam a trajetória e a estética do projeto, e a professora de artes cênicas da USP Vera Lucia Felicio aborda o imaginário simbólico dessas peças. A obra traz também vários ensaios fotográficos.
Outro grande nome do teatro brasileiro, José Celso Martinez Corrêa, também é objeto de um livro, mais modesto, sobre sua obra. "Zé Celso e a Oficina Uzyna de Corpos" (ed. Annablume, 170 págs, R$ 30,00), que sai em setembro, é o resultado do projeto de mestrado do ator carioca Ericson Pires pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, realizado há quatro anos. O livro conta ainda com um ensaio fotográfico mostrando apresentações do grupo em São Paulo, Salvador e no Rio.


Texto Anterior: Os arquétipos de um Beatnik
Próximo Texto: + cinema: O silêncio ausente da revolução
Índice