São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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Biblioteca Básica

Grande Sertão: Veredas

JOSÉ MAYER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Eu estava com uns 16 anos quando li "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa [foto, 1908-67]. Foi quase um atropelamento. Aquelas palavras construídas com poesia e estranhamento mostravam trilhas nunca vistas no pensamento. O redemoinho de nomes doidos, como Nhorinhá, Diadorim e Liso do Sussuarão, me arrastava pra um sertão que nunca imaginei que existisse assim, tão poderoso dentro da gente.
Reli o livro algumas vezes, escavando o veio inesgotável de tanta beleza. Sempre que leio alguma página, um fluxo de consciência me arrasta em direção a uma palavra: travessia.


JOSÉ MAYER é ator. Está na peça "Um Boêmio no Céu", em cartaz no RJ.


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