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Revolução instituiu comunismo à chinesa
DA REDAÇÃO
No dia 1º de outubro
de 1949, o Partido
Comunista triunfava em Pequim. Encabeçado
por Mao Tse-tung (1893-1976), era formado por camponeses, operários, estudantes e intelectuais.
Ao discursar na praça da
Paz Celestial, o líder comunista implantava, na então
criada República Popular da
China, um regime sustentado na unidade territorial, no
anticolonialismo e em um
governo centralizador.
No mesmo ano, os nacionalistas chineses liderados
por Chiang Kai-shek (1887-1975), dirigente deposto pelos comunistas, refugiavam-se na ilha de Taiwan, a 130
km da costa chinesa.
As lutas entre os comunistas e os nacionalistas do
Kuomintang (partido de
Chiang Kai-shek) tiveram
início nos anos 20. No poder
desde 1927, Chiang Kai-shek mantinha políticas que
beneficiavam acordos estrangeiros. O Kuomintang,
fundado no começo do século 20 por Sun Yat-sen
(1866-1925), era dirigido pela elite econômica chinesa.
O Partido Comunista da
China, fundado em 1921,
propunha a reforma agrária
e uma postura política e
econômica anticolonialista.
No final de 1934, os comunistas foram derrotados militarmente pelos partidários
do Kuomintang no sul do
país. Na retirada rumo ao
norte, Mao Tse-tung liderou, ao longo de um ano, a
Longa Marcha das forças
comunistas, que percorreram mais de 12.000 km pelo
interior da China.
Segundo Wladimir Pomar, autor do livro "A Revolução Chinesa" (ed. Unesp),
"a Longa Marcha transformou uma derrota em uma
vitória" ao fortalecer a ideologia revolucionária e realçar a liderança política de
Mao Tse-tung.
Em 1937, o Japão ocupou
grande parte do norte e do
nordeste da China, o que
forçou uma aliança entre o
Kuomintang e os comunistas na luta contra a invasão
nipônica. Tal acordo foi articulado por Chou En-lai
(1898-1976), um dos fundadores do Exército Vermelho
e futuro primeiro-ministro
chinês entre 1949 e 1976.
Com a derrota japonesa
no final da Segunda Guerra
Mundial (1939-45), o governo nacionalista, enfraquecido, foi deposto. A vitória dos
comunistas sinalizou o começo de uma nova fase histórica no país, prenunciada
pelo discurso triunfalista de
Mao Tse-tung em 1949: "O
povo chinês ficou novamente em pé".
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