São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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Revolução instituiu comunismo à chinesa

DA REDAÇÃO

No dia 1º de outubro de 1949, o Partido Comunista triunfava em Pequim. Encabeçado por Mao Tse-tung (1893-1976), era formado por camponeses, operários, estudantes e intelectuais.
Ao discursar na praça da Paz Celestial, o líder comunista implantava, na então criada República Popular da China, um regime sustentado na unidade territorial, no anticolonialismo e em um governo centralizador.
No mesmo ano, os nacionalistas chineses liderados por Chiang Kai-shek (1887-1975), dirigente deposto pelos comunistas, refugiavam-se na ilha de Taiwan, a 130 km da costa chinesa.
As lutas entre os comunistas e os nacionalistas do Kuomintang (partido de Chiang Kai-shek) tiveram início nos anos 20. No poder desde 1927, Chiang Kai-shek mantinha políticas que beneficiavam acordos estrangeiros. O Kuomintang, fundado no começo do século 20 por Sun Yat-sen (1866-1925), era dirigido pela elite econômica chinesa.
O Partido Comunista da China, fundado em 1921, propunha a reforma agrária e uma postura política e econômica anticolonialista.
No final de 1934, os comunistas foram derrotados militarmente pelos partidários do Kuomintang no sul do país. Na retirada rumo ao norte, Mao Tse-tung liderou, ao longo de um ano, a Longa Marcha das forças comunistas, que percorreram mais de 12.000 km pelo interior da China.
Segundo Wladimir Pomar, autor do livro "A Revolução Chinesa" (ed. Unesp), "a Longa Marcha transformou uma derrota em uma vitória" ao fortalecer a ideologia revolucionária e realçar a liderança política de Mao Tse-tung.
Em 1937, o Japão ocupou grande parte do norte e do nordeste da China, o que forçou uma aliança entre o Kuomintang e os comunistas na luta contra a invasão nipônica. Tal acordo foi articulado por Chou En-lai (1898-1976), um dos fundadores do Exército Vermelho e futuro primeiro-ministro chinês entre 1949 e 1976.
Com a derrota japonesa no final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), o governo nacionalista, enfraquecido, foi deposto. A vitória dos comunistas sinalizou o começo de uma nova fase histórica no país, prenunciada pelo discurso triunfalista de Mao Tse-tung em 1949: "O povo chinês ficou novamente em pé".


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