São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2008

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De que são feitas as crises

1929 - Crack
De meados de 1920 até 1929, a expansão do mercado de ações nos EUA gerou um ciclo especulativo, levando os cidadãos a investirem suas economias nesse mercado.
As ações começaram a cair em setembro, mas os bancos contiveram a queda comprando ações, com dinheiro de empréstimos e hipotecas.
Foi na Quinta-Feira Negra (24/10) que começou o pânico e uma escalada de vendas.
Entre as causas da recessão mundial que se seguiu estão a súbita perda de bens dos investidores particulares, os prejuízos para bancos que haviam emprestado dinheiro e a alta dos juros determinada pelas autoridades norte-americanas em seguida à quebra -"crack".
Ao longo dos anos 1930, o presidente dos EUA Franklin Roosevelt criou leis e agências para regular a atividade financeira, como parte do plano de recuperação conhecido como "New Deal".

1987 - Segunda-Feira Negra
Em 19/10 daquele ano, o índice Dow Jones caiu 22,6% -nem na crise de 1929 houvera uma queda tão acentuada num só dia. Entre as razões, a sobrevalorização de algumas empresas, cujas altas mais dependiam de sua popularidade do que de seus resultados.
Quando as ações começaram a cair, um novo fator entrou em cena: o sistema computadorizado DOT, criado para pôr à venda automaticamente as ações em queda, ficou sobrecarregado de ordens de venda e seu serviço foi temporariamente interrompido.
Detentores de ações venderam seus papéis às escuras, geralmente por um preço menor do que imaginavam, multiplicando as perdas. Com o mercado de ações mais internacionalizado, o fenômeno atingiu as principais Bolsas do mundo.

1997 - Crise asiática
Nos anos 1990, o Sudeste Asiático era um pólo de atração de investimentos, devido às altas taxas de juros e ao sucesso econômico dos países da região, mas uma auditoria posterior concluiu que os principais bancos e empresas mascaravam perdas em sua contabilidade.
A crise foi em parte contida com injeção de dinheiro do Fundo Monetário Internacional no Sudeste Asiático e a compra de ienes pelos EUA.

1998 - Crise na Rússia
A queda no preço do petróleo, entre outros produtos de exportação da Rússia, gerou uma crise interna, agravada pelas perdas do governo em sua tentativa de manter a moeda estável por meio da venda de dólares. O país deixou de pagar compromissos externos, o que afetou o mercado mundial.

2000 - A bolha da internet
Com a rápida expansão da internet na segunda metade dos anos 1990, a Bolsa Nasdaq, de empresas de tecnologia, atingiu seu pico em 10/ 3/2000. A partir dali teve seguidas quedas e, até 2002, calcula-se que as empresas do ramo tenham se desvalorizado US$ 5 trilhões.


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