São Paulo, domingo, 30 de julho de 2006

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Biblioteca Básica

Nordeste

JOSÉ AUGUSTO PÁDUA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em 1937, quatro anos depois de "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre [foto] publicou um dos seus trabalhos mais belos e instigantes, uma espécie de versão explicitamente ecológica do projeto de pensar a formação da sociedade brasileira no contexto do complexo geoistórico da cana-de-açúcar. Em "Nordeste", ele defende a adoção de um "critério ecológico" original, "não só científico como filosófico e até estético e poético, de estudo e interpretação de uma região, e não um rígido ecologismo geométrico".
Refletindo sobre as múltiplas dimensões do impacto da monocultura de cana-de-açúcar sobre as águas, matas, animais e seres humanos, seu tema central é a ambigüidade do "canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador".


JOSÉ AUGUSTO PÁDUA é historiador, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de "Um Sopro de Destruição" (Zahar).

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