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Funcionários da usina de Jirau decidem manter a greve

Obra no rio Madeira (RO) reúne 20 mil trabalhadores e paralisação, que já dura uma semana, preocupa o governo

FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

Operários da usina de Jirau, no rio Madeira (RO), decidiram ontem manter a greve no canteiro de obras, que já dura uma semana.

Eles ignoraram decisão da Justiça do Trabalho que determinou a volta às atividades. Anteontem, o juiz Ilson Alves Pequeno Júnior declarou ilegal o movimento deflagrado e estabeleceu multa de até R$ 200 mil por dia ao sindicato da categoria.

As atividades no local estão paralisadas. Funcionam apenas "serviços essenciais", segundo a empreiteira Camargo Corrêa, como serviços de manutenção, limpeza, segurança e transporte.

São cerca de 20 mil os trabalhadores na obra. A situação está tranquila, segundo informou a Secretaria de Segurança de Rondônia.

O presidente da Conticom (confederação dos sindicatos da construção, ligado à CUT), Cláudio Gomes da Silva, esteve ontem no local e disse que os operários que moram nos alojamentos passaram o dia em áreas de lazer. Quem mora no centro de Porto Velho está em casa.

Segundo ele, o governo federal está preocupado com a paralisação e pediu que a CUT acompanhasse as negociações. A obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Raimundo Soares, presidente do Sticcero (sindicato da construção civil), disse que não pode obrigar os funcionários a voltar ao trabalho. Soares afirmou que o setor jurídico da entidade vai estudar providências em relação à multa.

O movimento grevista começou com funcionários de uma empresa terceirizada e se alastrou por operários da Camargo Corrêa, de acordo com o sindicato.

Os trabalhadores querem adiantar a data-base (que seria em 1º de maio), aumento no valor da cesta básica (de R$ 170 para R$ 510), mudanças no plano de saúde e menor intervalo para visitar familiares em outros Estados (de 90 para 70 dias).

ATRASO

A Energia Sustentável do Brasil, responsável pela obra, disse que ainda não avaliou se a greve atrasa a conclusão da usina hidrelétrica.

O começo da geração de energia foi inicialmente previsto para março de 2012, mas o prazo mudou há um ano, quando um quebra-quebra destruiu parte das instalações e deixou as atividades paralisadas por ao menos um mês. Na época, a empresa anunciou nova previsão, para setembro de 2012.

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