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Análise Repetição dos problemas indica necessidade de ações preventivas DAVID ZEEESPECIAL PARA A FOLHA Desde novembro do ano passado vêm ocorrendo sistematicamente vazamentos mensais de óleo nos campos ou rotas de produção de óleo na costa brasileira. A repetição dos problemas indica que a segurança da cadeia produtiva "offshore" (em alto-mar) de petróleo é no mínimo preocupante. Quero crer que o custo da remediação dos acidentes ambientais por óleo é muito maior do que o custo dos investimentos na prevenção. Sendo assim, novas ações preventivas -aquelas que se antecipam à ocorrência de um acidente- devem ter início o quanto antes. Diante do atual cenário, ANP (Agência Nacional do Petróleo) e Ibama têm a responsabilidade de definir normas e diretrizes de segurança mínima e de fiscalizar se as exigências são cumpridas. Mas as empresas operadoras também podem contribuir com nova proposta preventiva para o setor, até para evitar a propagação da sensação de que os problemas são sistêmicos, o que não interessa a nenhuma parte envolvida. Um excelente exemplo de estratégia preventiva contra o derrame de óleo no mar é o Pegaso (Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional), da Petrobras. Criado em 2000, desenvolveu tecnologias em segurança, ambiente e saúde e gerenciamento de riscos, trabalhando para modernizar as instalações de toda a cadeia produtiva ligada à estatal. Apesar de ativo, o programa pode não ter envergadura suficiente para atender aos vazamentos em alto-mar. Cabe prepará-lo para isso. O histórico de investimentos das empresas em prevenção poderia ser parâmetro para aplicar multas, podendo atenuá-las no caso de companhias que investissem muito nessas ações. Para aquelas que não fizessem isso, o valor poderia ser multiplicado. Pensar em um conjunto de ações preventivas no setor pode estimular empresas socialmente responsáveis. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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